Análise da presença do papilomavírus humano e da expressão imunohistoquímica da P16INK4a em amostras de tumor de pulmão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Cecília Evellyn da
Orientador(a): SILVA NETO, Jacinto da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50974
Resumo: O câncer de pulmão é uma das principais neoplasias em todo o mundo quando se trata de incidência, ocupando a primeira posição entre os homens e a terceira entre as mulheres. Sabe-se que um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão é o consumo e exposição passiva ao tabaco, no entanto, estudos vêm apontando associações entre a presença do Papilomavírus humano (HPV) e a carcinogênese pulmonar. O presente estudo avaliou a presença do HPV e expressão imunohistoquímica da proteína p16INK4a em tecido parafinado de tumor de pulmão oriundas de pacientes atendidos na Santa Casa da Misericórdia de Maceió – Alagoas, nos anos de 2020 e 2021. A análise da detecção foi feita em amostras de 33 pacientes através da técnica de PCR. Analisando todas as amostras, pode-se observar que em relação ao gênero, 72,7% dos casos eram mulheres. Com relação ao total de amostra, 45,5% dos casos foram de adenocarcinoma, 42,4% carcinoma de células escamosas e para outros tipos de carcinoma foram observados 12,1% dos casos. Sobre o tabagismo, foi observado que dos pacientes diagnosticados com adenocarcinoma, 60% não tinham o hábito de fumar. Já aqueles com carcinoma de células escamosas, pouco mais de 70% eram fumantes. Para os casos que se enquadraram em outros carcinomas, pode-se observar que 75% deles não tinha o tabagismo como hábito. Com relação a detecção do vírus, analisamos que todas as amostras se apresentaram negativas para o HPV. Em relação a expressão da p16INK4a por imunohistoquímica, houve positividade em 48,5% das amostras e 75% dos casos foram de pacientes mulheres. Além disso, 56,3% dos casos estavam relacionado ao carcinoma de células escamosas, 37,5% adenocarcinoma e apenas 6,2% a outros carcinomas. Se tratando do tabagismo, observamos que das amostras positivas, 56,2% dos pacientes mantinham o hábito de fumar, enquanto que 43,8% não tinham relação direta com o tabaco. O estudo se mostrou promissor norteando sobre que caminho seguir para uma melhor elucidação dessa associação, apesar dos resultados obtidos não se apresentarem conclusivos para a hipótese inicial. Sendo assim, faz-se necessário mais estudos sobre essa casuística, buscando evidenciar a detecção da atividade viral do HPV para assim esclarecer sua relação com a carcinogênese pulmonar.