Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
CASTRO, Kaline Silva |
Orientador(a): |
CARVALHO, Alessandra de Albuquerque Tavares |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Odontologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32316
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Resumo: |
Os biomas mais relevantes do nordeste brasileiro são a mata atlântica e as planícies semiáridas (floresta sazonal seca), conhecidas como caatinga. O uso de plantas medicinais vem sendo investigado nessas regiões, entretanto ainda existem lacunas relacionadas a sua utilização para fins odontológicos. Somado a isso, ao entender que o processo contínuo de urbanização pode comprometer o atual conhecimento sobre o tema, torna-se importante o registro das espécies vegetais utilizadas pela população. Nesse sentido, o presente trabalho teve o objetivo de investigar e comparar os tipos de plantas medicinais utilizadas para problemas bucais em dois diferentes biomas no nordeste brasileiro, caatinga (menos urbanizado) e mata atlântica (mais urbanizado). Participaram do estudo quatro cidades do estado da Paraíba: João Pessoa e Guarabira, que representaram a mata atlântica; Monteiro e Sousa, representando a caatinga. A pesquisa foi conduzida com representantes de três grupos: usuários do Sistema Único de Saúde, cirurgiões-dentistas e raizeiros. Os locais de coleta de dados dos usuários e cirurgiões-dentistas foram escolhidos aleatoriamente de uma lista dos centros de saúde mais relevantes em ambos os biomas. Unidades de saúde das quatro áreas urbanas foram incluídas (n=73). Os dados dos raizeiros foram coletados nas feiras livres e mercados públicos dos municípios. O método de amostragem aleatória simples foi aplicado para selecionar os indivíduos que procuravam atendimento nas unidades de saúde. Os profissionais presentes nas unidades visitadas e os raizeiros encontrados nas cidades foram convidados a participar do estudo. A pesquisa foi conduzida nos anos de 2016 e 2017. Os participantes responderam formulários semiestruturados sobre plantas medicinais utilizadas para problemas bucais. Para a tese, foi elaborado um artigo com os dados de 514 usuários das unidades de saúde. Como resultado do manuscrito, verificou-se que o uso de plantas na recuperação da saúde bucal foi significativamente mais comum no bioma caatinga (p<0,001) e entre as pessoas acima de 40 anos (p=0,002). Em meio aos participantes do estudo, 163 indivíduos (31,7%) afirmaram utilizar plantas medicinais para recuperar a saúde bucal, sendo possível registrar 38 diferentes espécies. Os indivíduos utilizavam as plantas no tratamento de processos inflamatórios, dor de dente, ulcerações aftosas, cicatrização tecidual, infecções e limpeza dentária. Conclui-se que: a Punica granatum Linn. (romã), o Ziziphus joazeiro Mart. (juá), a Anacardium occidentale Linn. (cajueiro roxo) e a Myracrodruon urudeuva Allem. (aroeira) foram as plantas mais citadas no bioma mata atlântica; e a Punica granatum Linn. (romã), o Ziziphus joazeiro Mart. (juá), a Mentha piperita Linn. (hortelã da folha miúda) e a Mimosa hostilis Benth. (jurema preta) foram as mais citadas no bioma caatinga. |