Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
ALBUQUERQUE, Janaína Vital de |
Orientador(a): |
SANTOS, Solange Laurentino dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29998
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Resumo: |
Nos últimos anos há uma procura crescente por produtos naturais que sejam eficazes no controle do Aedes aegypti devido à menor toxicidade ao homem e ao meio ambiente, em comparação com os agentes químicos utilizados. O conhecimento popular sobre o uso e a eficácia das plantas contribui, de forma relevante, para a divulgação de suas propriedades, despertando o interesse de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. Esse estudo objetivou identificar as espécies vegetais mais usadas no controle vetorial do Aedes aegypti avaliando a percepção dos sujeitos sociais sobre o processo de controle vetorial Especificamente objetivou caracterizar as tradicionalidades contidas no local de estudo, identificar os insumos vegetais mais utilizados no controle do A. aegypti, analisar o micro e macrocontextos das ações de controle do vetor desenvolvido no local do estudo e avaliar a percepção da comunidade sobre a utilização das medidas de controle realizadas pelo município, considerando a utilização de insumos vegetais no controle vetorial. O sertão pernambucano não possui estudos relativos ao controle vetorial do A. aegypti, especificamente voltado na diminuição no uso do modelo químico dependente, o que torna esse estudo pioneiro. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem qualitativa, seguindo os fundamentos metodológicos do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) realizado no município de Serra Talhada (macrocontexto), no bairro Mutirão (microcontexto), selecionado por apresentar o maior índice de infestação predial. O estudo foi desenvolvido em diferentes etapas: revisão da literatura sobre as plantas utilizadas no controle do A. aegypti; coleta de dados secundários para caracterização da condição de saúde da população humana; coleta de dados primários focando o contexto social e condições de vida; avaliação da percepção da comunidade. Foram realizadas entrevistas com moradores do bairro, com análise utilizando a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Foram identificadas 153 espécies vegetais, comprovadas cientificamente, como eficazes no controle integrado do vetor. Considerando o macrocontexto, o município apresentou doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, envolvendo as infecto-parasitárias relacionadas às condições precárias de vida, as quais continuam sendo relevantes no quadro de morbimortalidade da população. Percebeu-se, nos discursos, que muitas pessoas conhecem algum tipo de planta usada no controle de vetores. Os conhecimentos surgem de forma empírica através dos conhecimentos transmitidos de geração em geração e de vivências do cotidiano. Existe uma perda do conhecimento tradicional nas ações de controle vetorial entre os moradores do alto sertão de Pernambuco, os quais adotam substâncias químicas ao invés de insumos vegetais, sem considerar os perigos e contaminação do ambiente em que vivem. Conclui-se que o saneamento ambiental e a conscientização da população são os principais fatores para o sucesso no controle de vetores, sendo necessária uma mudança nas práticas individuais, considerando a redescoberta da utilização das plantas como uma estratégia eficaz. |