Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Maria da Conceição Silva |
Orientador(a): |
AGUIAR, Maria da Conceição Carrilho de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30464
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Resumo: |
Acreditando que as configurações identitárias profissionais são marcadas por uma série de identificações que antecedem a entrada na graduação, passando por contínuas reconfigurações ao longo da formação e do exercício da atividade escolhida, no âmbito de tensões do que se denomina feminilização do magistério, essa pesquisa objetivou o estudo da construção identitária profissional docente de homens atuantes na Educação Infantil e Anos Iniciais, a partir de suas trajetórias. Para tanto, teve como fio condutor a análise das histórias de vida de quatro professores de quatro escolas da rede municipal do Recife, no tocante as experiências tidas pelos sujeitos como formativas, que envolveram aproximações e distanciamentos com o magistério, com destaque para os elementos que corroboram ou não essa escolha profissional. Dentro da gama de possibilidades subjacentes optamos pelo paradigma qualitativo, tomamos como suporte a metodologia ligada à perspectiva teórico-compreensiva da História de Vida, tendo por base as ideias desenvolvidas por Josso (2004). Essa escolha é devido o nosso interesse nas subjetividades pessoais dos entrevistados, no que tangem suas experiências formadoras. O instrumento de recolha dos dados foi a entrevista semi-estruturada, na qual o entrevistado dispôs de suas vivências. Os achados da pesquisa nos permitiram, dentre outras coisas, três observações: a primeira, de que trajetória escolar influencia diretamente nas identificações iniciais com o magistério, embora, a escolha pela Licenciatura em Pedagogia e pela sala de aula nesse âmbito ainda seja secundarizada. A segunda, apontou para as influencias da formação inicial, com destaque para figura dos mestres e experiências de estágio que proporcionaram processos de aproximações com a atividade docente. E, por fim, a confirmação do campo profissional como espaço de contínuas (re)construções identitárias, a partir das relações estabelecidas com os pares e com a cultura escolar. Nesse sentido, acreditamos que o maior contributo resida no âmbito da compreensão das dinâmicas identitárias inseridas em processos individuais e coletivos, entre a identidade pessoal do pesquisado e o grupo de referência, dentro da configuração da relação Eu-Outro. Imbuídos da ideia de que a atividade docente requer muito mais do que atributos de maternagem para sua configuração profissional, alertamos para pertinência de se pensar em estudos futuros que, no bojo dos estudos identitários, possam vir a aprofundar questões em torno de processos que estão a delinear a construção de um novo imaginário social do magistério exercido por homens. |