Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
COSTA, Ana Bolena Harten Pinto |
Orientador(a): |
SANTOS, Paulo Jorge Pereira dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16947
|
Resumo: |
Os estuários estão sujeitos a vários tipos de impactos antropogênicos, como o despejo de nutrientes que estimulam o crescimento excessivo de algas. Além disso, esses ambientes são caracterizados pela elevada variabilidade natural dos fatores físico-químicos, o que torna seus organismos tolerantes ou resilientes a maiores faixas de variação destes fatores. Dessa forma, ao se avaliar a qualidade do ambiente estuarino, torna-se difícil distinguir o impacto antrópico do estresse natural, já que a resposta ecológica é semelhante. Uma alternativa proposta para contornar essa dificuldade é o uso de Unidades Artificiais de Substrato (UAS). Neste estudo, a aplicabilidade de uma UAS enquanto estimadora adequada da composição da comunidade de meiofauna e da diversidade de Copepoda Harpacticoida foi testada através da comparação com substratos naturais (sedimento e pneumatóforos) em duas áreas estuarinas (Maracaípe e Canal de Santa Cruz). Além disso, também foi estudado o efeito de uma cobertura de cianobactérias sobre a meiofauna. Para o primeiro experimento, as UAS (50 cm² de grama sintética) foram deixadas em campo para colonização pela meiofauna e retiradas após 14 dias, juntamente com amostras do sedimento e pneumatóforos (cinco réplicas de cada). Para o segundo experimento, as UAS foram submetidas em laboratório à colonização por cianobactérias durante 4 dias, e posteriormente deixadas em campo por 14 dias, para colonização pela meiofauna, juntamente com UAS sem cianobatérias. Os resultados do primeiro experimento mostraram que as UAS apresentaram alta similaridade e baixa variação (desvio padrão) quando comparadas com os substratos naturais na análise da associação de Copepoda Harpacticoida. Nas UAS do Canal de Santa Cruz, a meiofauna foi semelhante ao sedimento e a associação de Copepoda foi semelhante ao sedimento e ao pneumatóforo. Em Maracaípe a UAS foi diferente de ambos os substratos naturais. Os resultados do segundo experimento mostraram que os tratamentos com e sem cianobactérias foram significativamente diferentes apenas em Maracaípe com relação à meiofauna total. No Canal de Santa Cruz os resultados obtidos sugerem que a meiofauna está adaptada às condições de enriquecimento orgânico devido ao histórico de eutrofização e, desta forma, a adição das cianobactérias não determinou um efeito sobre a meiofauna local. A estrutura da associação de Copepoda Harpacticoida não sofreu impacto da presença do tapete de cianobactérias. |