Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Eduardo Matos |
Orientador(a): |
LIMA, Marcos Ferreira da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencia Politica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36052
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Resumo: |
A ascensão chinesa vem sendo um fato de grande relevância para a política internacional nas últimas décadas. Nessa conjuntura, os projetos internacionais da China que envolvem agricultura têm um papel fundamental, visto que o país enfrenta problemas históricos para alimentar sua população. O tema desta pesquisa são os investimentos agrícolas chineses que envolvem grandes transações de terras em países africanos. Recentemente, a corrida por terras iniciada no começo do século XXI ganhou amplo destaque nas grandes mídias e em ambientes acadêmicos. O objetivo mais amplo deste trabalho é entender se as grandes aquisições de terra que a China vem realizando na África estão relacionadas com interesses próprios para abastecer seu mercado interno no futuro, ou se os investimentos estão inseridos na lógica de cooperação com benefícios mútuos. O problema da pesquisa é colocado da seguinte maneira: quais características em países africanos são determinantes para que empresas e o governo chinês comprem terras em larga escala? As variáveis explicativas foram escolhidas de modo que as principais motivações descritas na literatura do Land Grabbing e da cooperação agrícola chinesa fossem contempladas. A variável explicativa que representa o argumento em favor do Land Grabbing é a exportação de produtos agrícolas dos países africanos para a China. Verifica-se se os países que já têm um alto volume de exportações de produtos agrícolas para o gigante asiático têm mais chance de ter as suas terras como alvo. Por outro lado, o recebimento de ajuda externa chinesa e a realização de parcerias estratégicas testam se as compras de terras estão relacionadas com uma lógica de cooperação mais ampla desenvolvida por Beijing. Como técnica de análise foram utilizadas a Análise Qualitativa Comparada (QCA) e a regressão logística. Os resultados estatísticos apontaram que a variável mais importante para explicar as grandes aquisições de terras na África foi a exportação de produtos agrícolas. No caso do QCA, os resultados para verificar as condições determinantes para as compras de terras foram inconclusivos. Por outro lado, ao tratar das condições suficientes para que não sejam compradas terras, encontrou-se que três configurações de países são importantes para explicar o fenômeno: países com baixo recebimento de ajuda externa; países com baixo volume de exportação de produtos agrícolas para a China e alta renda per capita; e por fim, países com parceria estratégica firmada e baixa proporção de terras agricultáveis. |