Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Flávia Farias de |
Orientador(a): |
DE NARDI, Fabiele Stockmans |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40361
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Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo compreender os modos de dizer a América Latina em livros didáticos (LD) de língua espanhola (LE), a fim de observar possíveis gestos de silenciamento de países que compõem essa região. Almejamos contribuir com as pesquisas sobre o processo de ensino e aprendizagem de língua espanhola para brasileiros e nos somamos às reflexões que primam para que, nesse processo, essa língua e os países onde é falada estejam presentes em uma perspectiva humana, crítica e heterogênea. A partir de observações empíricas, identificamos alguns gestos de silenciamento em torno da América Latina. Por isso, buscamos entender como esses silenciamentos se constroem, porque compreendemos que assim poderemos contribuir para a construção de um olhar em que a aula de LE, com o suporte do livro didático, seja um lugar de presença para uma América Latina compreendida conforme sua heterogeneidade constitutiva, pois defendemos que a escola pode ser um espaço em que a língua espanhola e os latino-americanos encontrem um lugar de dizer, ou seja, um espaço de existência e resistência. Para levar a cabo essa discussão, analisamos livros didáticos de LE, tomando como base teórica, fundamentalmente, os princípios da Análise do Discurso de filiação pecheuxtiana e dos estudos em Glotopolítica. Após análises de livros didáticos aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático, observamos que alguns países latino-americanos sofrem efeitos do silenciamento, enquanto outros ganham um lugar de maior evidência, resultando na criação de centros de referência na América Latina, que refletem a configuração atual das relações de poder entre os países latino-americanos. Tal fato se relaciona, segundo pudemos observar, com o modo como as políticas linguísticas para o ensino de línguas estrangeiras tem se estruturado no Brasil e à reconfiguração de relações coloniais que repercutem nos livros didáticos. Em decorrência dos resultados encontrados e das discussões teóricas tecidas, refletimos acerca da possibilidade de que se pense o tratamento dado à América Latina nos LD de LE a partir do olhar da educação intercultural. |