Polimorfismo de genes de HLA classe II (DRB1, DQA1 e DQB1) e associação com doenças parasitárias na população do Estado de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: DELLALIBERA, Edileine
Orientador(a): MORAIS JÚNIOR, Marcos Antônio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HLA
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2190
Resumo: A população da Região Nordeste do Brasil originou-se a partir da miscigenação entre caucasianos europeus, negros africanos e índios nativos. Entretanto, apesar dos vários estudos realizados com populações brasileiras, pouco se sabe sobre a contribuição de cada um dos grupos étnicos na formação da atual população nordestina inferida pelo polimorfismo dos locos de HLA. No presente estudo uma amostra da população do Estado de Pernambuco foi caracterizada quanto ao polimorfismo dos locos de HLA-DRB1, -DQA1 e -DQB1 e verificadas possíveis associações dos locos DRB1 e DQB1 com filariose bancroftiana e do loco DQB1 com esquistossomose mansônica na mesma população. Os alelos DRB1*0701 (0,1390), DQA1*0102 (0,1954) e DQB1*0201 (0,2128) foram os mais freqüentemente encontrados nesta população. Foram identificados no total 113 possíveis haplótipos, sendo o DRB1*0701-DQA1*0201-DQB1*0201 (0,1234) o mais freqüente na população pernambucana. Os resultados mostraram que a população pernambucana está geneticamente mais próxima de populações caucasianas européias e mais distante de negros africanos e índios nativos, embora tenham sido encontrados nela alelos típicos de populações indígenas e alelos característicos de populações africanas. Não foi encontrada nenhuma associação entre o loco HLA-DQB1 e esquistossomose mansônica na população estudada. Foram encontradas associações de susceptibilidade, conferida pelos alelos DRB1*0301 e DQB1*0402, e de proteção, conferida pelos alelos DRB1*0102, DQB1*0401 e DQB1*0608, ao desenvolvimento da filariose bancroftiana na população do Estado de Pernambuco