Estudo da biocorrosão do aço carbono AISI 1020 imerso em diferentes teores de água do mar e diesel S10 BX
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Engenharia Quimica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28078 |
Resumo: | O diesel S10 foi desenvolvido pela PETROBRAS para atender aos requisitos mais rigorosos da nova geração de motores diesel. Contudo, com a aprovação do óleo diesel S10 B8 (8% em volume de biodiesel) em 2017 e a presença de água nos meios, tem sido causas de contaminação microbiana em combustíveis, que quando proveniente do ambiente marinho é mais corrosiva e biologicamente ativa. Este trabalho teve por finalidade avaliar em condições estáticas, a influência da água do mar no processo de biocorrosão do aço carbono AISI 1020, imerso em diferentes teores de diesel S10 B6 e S10 B30, durante um período total de 35 dias, bem como estudar a formação de biofilmes no aço, taxas de corrosão do aço por perda de massa e caracterização da superfície metálica, através das técnicas de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Espectroscopia Dispersiva de Energia (EDS). Nos experimentos foram utilizados corpos de prova de aço nas dimensões 30 mmx10mmx3mm, com área de 8,40 cm². A água do mar foi coletada no Marco Zero da cidade do Recife. O óleo diesel S10 B6 foi cedido pelo Laboratório de Combustíveis da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O óleo diesel S10 B30, por sua vez, foi preparado nas instalações do Laboratório de Microbiologia da UFPE através de uma mistura (v/v), contendo 70% óleo diesel S10 (óleo diesel tipo A) e 30% biodiesel. As amostras de combustíveis puros, óleo diesel S10 (100% diesel mineral) e biodiesel (100% biodiesel), foram fornecidas pela empresa Total distribuidora S.A. Os grupos de micro-organismos sésseis que melhor se desenvolveram, foram o das bactérias heterotróficas aeróbias (BHA), e bactérias heterotróficas anaeróbias (BHAn). No que diz respeito às planctônicas, além das BHA e BHAn, as bactérias redutoras de sulfato (BRS) e bactérias precipitantes do ferro (BPF) também se fizeram presentes na água do mar. Na comparação da ação corrosiva dos sistemas contendo os óleos S10 B6 e S10 B30 foi possível constatar que um maior percentual de biodiesel em diesel acarretou numa maior população microbiana e maiores taxas de corrosão do aço carbono ao final de 35 dias. Entretanto foi evidente, que o percentual de água do mar (AM) presente nos sistemas contendo óleo (S10 B6 e S10 B30) influenciou diretamente no desenvolvimento preferencial de alguns micro-organismos e também nas taxas de corrosão do aço carbono. Nos sistemas contendo óleos diesel e biodiesel (100%) as taxas de corrosão dos aços foram consideradas de corrosividade baixas, porém a medida que se aumentava o teor de água do mar, a taxa de corrosão do aço aumentava até a classificação moderada. As taxas de corrosão dos aços carbono imersos nos fluidos (B6 + 10%AM, B30 + 10%AM e B30 + 40%AM), foram classificadas como de corrosividade baixa. Entretanto para o sistema contendo (B6 + 90%AM e B30 + 90%AM), a taxa de corrosão do aço foi classificada como de corrosividade moderada. Todas as análises de MEV realizadas nos sistemas estudados, após 35 dias de imersão apresentaram corrosão localizada, em regiões escuras constituídas por micro cavidades, sais e óxidos. |