Distribuição espacial de briófitas em florestas ombrófilas na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: GARCIA, Eline Tainá
Orientador(a): PÔRTO, Kátia Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38096
Resumo: A busca por explicações de padrões de distribuição, abundância e interações entre espécies, que resultam na distribuição espacial e na coexistência dos organismos, está no cerne dos estudos ecológicos. Este trabalho visou investigar como diferentes tipos de vegetação influenciam os atributos da comunidade (i.e. riqueza, diversidade, composição e proporção de espécies raras) e das espécies (i.e. gradiente vertical e guildas de tolerância à luminosidade) em assembleias de briófitas epífitas de três tipos de vegetação na Amazônia Oriental; e como esses atributos podem estar relacionados com os padrões de distribuição espacial das espécies em escala local. Nas vegetações de Várzea, de Igapó e de Terra Firme foram amostradas 24 árvores (oito por vegetação) e coletadas briófitas da base até a copa, em cinco zonas de altura. A composição, a riqueza, a diversidade, a distribuição de abundância e a proporção de espécies raras foram comparadas entre as vegetações e em relação à distribuição vertical ao longo dos forófitos arbóreos. Encontramos forte influência do tipo de vegetação e da zona de ocorrência no forófito na montagem de assembleias de briófitas promovendo variação, entre vegetações, de todos os atributos investigados. As florestas inundáveis diferem entre si em riqueza, diversidade, composição e gradiente vertical. Igapó apresentou a maior diversidade alfa e gradiente vertical mais evidente. Terra Firme representa um ambiente mais estável para o estabelecimento de briófitas que as florestas inundáveis. A Várzea apresentou composição de espécies mais homogênea e abundância semelhante à das outras duas vegetações, embora com menor riqueza e inexistência de gradiente vertical. Em escala local, as assembleias de briófitas epífitas são estruturadas principalmente em função do nicho das espécies. A riqueza, a diversidade e a similaridade foram maiores nas zonas extremas dos forófitos, enquanto que a distribuição das guildas explicou os principais padrões observados nas assembleias das vegetações. Na Terra Firme a maior diversidade foi encontrada no dossel externo; em Várzea e Igapó na base das árvores. Constatamos que além do nível de ocorrência (zona) no forófito o tipo de vegetação também regula a distribuição espacial de briófitas epífitas localmente, sendo as guildas de tolerância à luminosidade atributos importantes na explicação dos padrões de diversidade das espécies. Além disso, as características da vegetação afetam o gradiente vertical na composição de espécies, que pode ser inexistente mesmo em ambientes relativamente conservados, como na Várzea.