Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
COSTA, Elizabhett Christina Cavalcante da |
Orientador(a): |
SILVA, Cláudia Roberta Tavares da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33686
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Resumo: |
O presente estudo insere-se na perspectiva da linguística sócio-histórica do português brasileiro (PB) e objetivou analisar a alternância das formas de tratamento Tu e Você na posição de sujeito nulo e pleno em 131 cartas pessoais de pernambucanos nos séculos XIX e XX, enfocando a historicidade da língua e do texto. A ideia desta investigação surgiu a partir da contribuição de estudos linguísticos histórico-diacrônicos, como os de Duarte (1993, 1995), que demonstram uma reorganização do quadro pronominal brasileiro relacionada a uma parcial mudança no Parâmetro do Sujeito Nulo (PSN) (CHOMKSY, 1981, 1986), isto é, o PB, ao contrário do português europeu (PE), é uma língua de sujeito nulo parcial (HOLMBERG; NAYUDU; SHEEHAN, 2009; KATO; DUARTE, 2014). Assim, no que se refere à historicidade do texto, enfocamos no modelo de abordagem das Tradições Discursivas (TD) (KOCH; OESTERREICHER; 2006; KABATEK, 2006) evocadas no gênero carta pessoal através de modos tradicionais de dizer que possam motivar a variação de Tu e Você na posição de sujeito como pronome nulo ou pleno. Pelo viés da historicidade da língua, consideramos os estudos diacrônicos do PB que têm como base teórica o Modelo de Princípios e Parâmetros, centrando a atenção no PSN em interface metodológica com a sociolinguística quantitativa laboviana para análise dos dados intra e extralinguísticos (WEIREICH; LABOV; HERZOG, 2006 [1968]; LABOV, 2008 [1972]). Diante disso, obtivemos como resultados: (a) realização mais frequente de sujeitos pronominais plenos em contextos de referencialidade definida; (b) maior produtividade da forma Você nos três subgêneros da carta pessoal (amor, amigo e família), e (c) os modos recorrentes de dizer atuando na alternância das formas Tu e Você, sobretudo, nas cartas de amor do século XX. |