Investigando o processo de transposição didática externa: o conceito de transformação química em livros didáticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: CHAGAS, José Aercio Silva das
Orientador(a): SANTOS, Marcelo Câmara dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3939
Resumo: Este trabalho teve como objetivo estudar como ocorre o processo de transposição didática externa (TDE) do conceito de transformação química presente nos livros didáticos e analisar como esse conceito é re-significado, enquanto saber escolar, no domínio desses manuais didáticos. Utilizamos como suporte teórico, nesse estudo, a Teoria da Transposição Didática (Chevallard, 1991) e a Teoria Antropológica do Didático (Chevallard, 1999). O outro eixo teórico apresentado, no domínio dessa investigação, relacionado ao percurso histórico do conceito de reação química, deve ser compreendido como eixo complementar e, ao mesmo tempo, como substrato em que é engendrado o saber sábio reação química. Essa pesquisa considerou o vigor e fecundidade teórica da teoria da Transposição Didática para refletir sobre as questões relativas à problemática dos saberes e o suporte metodológico advindo da teoria Antropológica do Didático, notadamente, da organização praxeológica. A utilização da organização praxeológica, ou seja, do exame de tarefas, técnicas, tecnologias e teorias, possibilitou o entendimento e a modelagem do desenvolvimento de conceitos e procedimentos, contidos nas tarefas. Verificamos manifestações da transposição didática externa nos dois planos de análise viabilizados na pesquisa, ou seja, no exame dos capítulos que tratam do conceito de reação química, no domínio do saber sábio e do escolar, bem como na análise da organização praxeológica presente nos saberes citados. Observamos a manifestação do envelhecimento de saberes na apresentação da irreversibilidade como critério de diferenciação de reações químicas e transformações físicas; a necessidade de 'vigilância epistemológica' em função do uso da linguagem informal e próxima do senso comum; e manifestações da noosfera no sentido de compatibilizar o sistema de ensino com a sociedade da época, como por exemplo, atendimento a exigências da pedagogia tecnicista