Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Lys Medeiros, Fabíola |
Orientador(a): |
Moraes Valença, Marcelo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2143
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Resumo: |
A migrânea é uma cefaléia primária comum, sendo a queixa mais freqüente nos serviços de atendimento em Neurologia. A fisiopatologia da migrânea ainda não foi completamente elucidada e as principais estruturas envolvidas podem ser o sistema trigeminovascular, fibras autonômicas e os vários agentes vasoativos locais. Aspectos peculiares do óxido nítrico (NO) e a presença da sintase do óxido nítrico (NOS) tanto a nível periférico (endotélio, fibras nervosas ao redor dos grandes vasos cerebrais e dura-máter), como no tronco cerebral e áreas hipotalâmicas, tornam esse composto um bom candidato a mediador dos mecanismos das crises de cefaléias vasculares, especialmente a migrânea. O NO provavelmente participa da inflamação neurogênica e da ativação das fibras perivasculares que conduzem os impulsos nociceptivos para o gânglio trigeminal. Terapias com estatinas melhoram a viabilidade do NO e possuem propriedades antiinflamatórias. O presente estudo é um ensaio clínico, aberto, prospectivo e comparativo, cujos objetivos foram avaliar a ação preventiva do propranolol, amitriptilina ou sinvastatina no controle dos ataques de migrânea; e correlacionar a produção plasmática de NO com a redução do índice de cefaléia (obtido através do cálculo do produto da freqüência de crises por mês X duração da dor em horas X intensidade da dor). Um total de 357 pacientes com diagnóstico de migrânea participou do estudo no período de novembro de 2004 a março de 2006. As pacientes receberam propranolol, amitriptilina ou sinvastatina por três meses e amostras de sangue foram coletadas para a determinação plasmática do NO. Em relação ao índice de cefaléia e número de dias com migrânea, as pacientes que usaram propranolol (60 mg; 80 mg; 120 mg), amitriptilina (12,5 mg; 25 mg; 50 mg) ou sinvastatina (10 mg; 20 mg; 40 mg) apresentaram redução significativa desde o segundo mês de tratamento (p<0,001), com exceção das usuárias de amitriptilina, que apresentaram redução a partir do primeiro mês (p<0,001). Aumento significativo no nitrato plasmático (p<0,001) foi detectado nas pacientes com dor (31 ± 1 μM, n=357) quando comparadas no período sem dor (28 ± 1μM, n=357). A redução ≥50% no número de dias com migrânea ao final do terceiro mês foi significativa para os três tratamentos instituídos, porém não houve diferença na eficácia entre os mesmos. Os nitratos plasmáticos analisados na fase livre de migrânea diminuiram significativamente entre as avaliações no controle e no terceiro mês, para as pacientes tratadas com propranolol 60 mg/dia (28,1 ± 1,0 vs 20,3 ± 1,0 μM, p<0,01), 80 mg/dia (28,1 ± 1,0 vs 22,3 ±1,2 μM, p<0,05) e 120 mg/dia (28,1 ± 1,0 vs, 21,5 ± 1,5 μM, p<0,01); para as pacientes que utilizaram a amitriptilina 12,5 mg/dia (30,1 ± 1,7 vs 22,3 ± 1,2 μM, p<0,05), 25 mg/dia (30,1 ± 1,7 vs 23,0 ± 1,3 μM, p<0,05) e 50 mg/dia (30,1 ± 1,7 vs 21,3 ± 1,0 μM; p<0,01); e para as migranosas tratadas com sinvastatina 10mg/dia (24,82 ± 1,0 vs 16,5 ± 1,0 μM, p<0,01), 20 mg/dia (24,82 ± 1,0 vs 19,9 ±1,0 μM, p<0,05) e 40 mg/dia (24,82 ± 1,0 vs 20,0 ±1,0 μM, p<0,05). Concluimos que a sinvastatina foi eficaz como medicação profilática na migrânea, assim como o propranolol e a amitriptilina e a redução no índice de cefaléia ocorreu paralelamente com a diminuição da produção do NO |