A Sprachkritik e os pressupostos (onto)lógicos do Tractatus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: OURIQUES, Eveline Silva
Orientador(a): PRATA, Tárik de Athayde
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29296
Resumo: Ambicioso, o projeto tractatiano é ao mesmo tempo polêmico e fascinante. Na “tentativa” de solucionar todas as questões da Filosofia, Ludwig Wittgenstein desenvolveu uma Crítica que leva ao questionamento não só dos “paradigmas” lógico-filosóficos como todo o âmbito do conhecimento humano, inclusive científico, a partir da instituição da análise lógica como método de elucidação dos limites da significatividade. A presente pesquisa tem por objetivo trazer uma exegese sobre a Sprachkritik (crítica da linguagem) enunciada por Wittgenstein no aforisma 4.0031 do Tractatus Logico-Philosophicus (“Toda Filosofia é crítica da linguagem’”) e defender a ideia de que esta tarefa crítica, eminentemente lógica, se baseia em pressupostos ontológicos, uma vez que no centro da relação isomórfica entre linguagem e mundo encontram-se os “objetos simples” (categoria ontológica fundamental do TLP), em cuja forma repousa o que há em comum entre linguagem e mundo Tendo em vista que, na construção do Tractatus, Wittgenstein se vale de importantes referências de seus precursores, relacionamos inicialmente o pensamento tractatiano ao de Mauthner (autor citado diretamente por Wittgenstein no aforisma supracitado), apontando os pontos de aproximação e conflito entre as ideias de ambos, para em sequência e de maneira análoga – mas sob o foco da análise lógica – discutirmos as influências de Frege e de Russell. Por fim, trataremos da relação entre lógica e ontologia no Tractatus, procurando evidenciar como a lógica tractatiana se revela enquanto uma (onto)lógica, na medida em que ela brota dos elementos últimos da realidade, a saber os objetos simples, que são a forma fixa compartilhada entre todos os mundos pensáveis, de modo que neles está inscrita a forma comum entre mundo e linguagem (a forma lógica).