Pintando o Brasil de jenipapo e urucum : ações coletivas e dinâmicas sócio-político-culturais de juventudes indígenas na Paraíba e em Pernambuco
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44522 |
Resumo: | Esta tese de doutorado objetiva compreender as ações coletivas e dinâmicas sociais-político- culturais de juventudes indígenas nos estados da Paraíba e de Pernambuco- Brasil, salientando que a afirmação da identidade étnica diferenciada desses sujeitos expressa dinâmicas sociais geracionais, bem como estratégias políticas e culturais que têm chamado atenção dos movimentos sociais, do Estado e da Antropologia. Nessa direção, esta tese problematiza a atuação de jovens indígenas que por meio de ações coletivas, vêm acionando as categorias políticas de jovens indígenas e de juventude indígena como estratégia de mobilização nos dois estados. A narrativa aqui delineada, refere-se a um trabalho de pesquisa e sistematização textual de cunho etnográfico e reflexivo. A problematização se dá a partir de dois caminhos analíticos: As dinâmicas sociais e suas relações com as ferramentas de comunicação, adotadas por jovens indígenas para se mobilizar - que podem ser consideradas um fator de potencialização das interações intra e extracomunitária; E, no que essas interações parecem configurar-se como fator de mudanças, possibilitando novas formas de relações, saberes e aspirações das juventudes indígenas, enquanto sujeitos coletivos. Dessa maneira, se discute as condições nas quais as dinâmicas sociais e as redes de interação aparecem e que ações passam a mover os jovens nas busca de novas perspectivas e de visibilidade de suas expressões culturais e resistência étnica. Segundo os dados obtidos, os movimentos indígenas também vêm incorporando a temática dos jovens, de um lado, por pressões dos financiadores e colaboradores, por outro lado, pela busca da juventude indígena por espaços de atuação; Os jovens circulam por diversos locais dentro e fora das aldeias, estabelecendo diálogos entre indígenas, mas também com não indígenas, com o Estado, com universidades e ONG‟s; participam dos movimentos indígenas; procuram o domínio das tecnologias de comunicação e utilizam essas ferramentas para se articular em rede. As juventudes indígenas são movimentos diversificados, com grupos e modos de vidas diversos e estão presentes no movimento indígena mais amplo. Suas articulações, mobilizações e organizações específicas, são recentes, são dinâmicas e estão em construção. Considera-se nesta tese estas juventudes como uma rede de movimentos e significados capaz de realizar a coalizão de jovens, questionar os padrões tradicionais de comportamento e relacionamento entre as pessoas. Os movimentos indígenas, como também os movimentos de juventudes de um modo geral, têm sua novidade no surgimento das juventudes indígenas organizadas que potencializaram e aceleraram a articulação local e global, entre povos distintos no Nordeste do Brasil, entre regiões e até países. Assim, as juventudes indígenas nos propõe a reflexão da atualização do que são os movimentos sociais contemporâneos, revelando novas formas de mobilizações coletivas e exigindo novas janelas epistemológicas. |