Tragédia e sofrimento: mobilização política de adolescentes e jovens indígenas no Rio Negro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Maximiano, Claudina Azevedo
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4386960179349872
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Museu Amazônico
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4819
Resumo: A tese aqui apresentada é resultado de pesquisa de campo realizada na região do Médio Rio Negro, município de Santa Isabel do Rio Negro/AM, e ampliada para o Alto Rio Negro, a partir das experiências do movimento de adolescentes e jovens indígenas, iniciado por meio da mobilização política de lideranças juvenis em São Gabriel da Cachoeira/AM. O presente trabalho tem como objetivo analisar o processo de mobilização étnica desses sujeitos, compreendendo tal fenômeno como expressão coletiva de uma ação política que se objetiva no movimento indígena, seja através da criação do Departamento de Adolescentes e Jovens Indígena do Rio Negro na Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), seja por meio da criação do Departamento de Juventude Indígena na Associação das Comunidades Indígena do Médio Rio Negro (ACIMRN). Destaco que a análise apresentada ultrapassa as dimensões institucionalizadas através do movimento indígena e abre condições de entendimento das relações entre juventude e política. Ela compreende, também, manifestações juvenis que estão fora das esferas institucionalizadas, mas que, de forma diferenciada, mantém-se em constante diálogo. Para além dos grupos organizados politicamente a análise abrange o fenômeno dos grupos de amigos, classificados usualmente como “galera”. A interlocução entre essas formas organizativas produz o que considero um novo sujeito político. Tal sujeito assume a bandeira de luta em torno das políticas públicas específicas para a juventude – sejam elas políticas de reconhecimento ou de afirmação identitárias. Deste modo, esse sujeito se constitui a partir de um processo marcado por fragilidades e controvérsias que exprimem uma dinâmica permanente e em construção, que acaba por revelar as condições e posições sociais que os adolescentes e jovens indígenas ocupam no universo sociocultural do Rio Negro.