O teto de gastos como bloqueio à Constituição Cidadã
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46302 |
Resumo: | A presente dissertação tem o objetivo de analisar o Novo Regime Fiscal, conhecido como Teto de Gastos, instituído pela Emenda Constitucional no 95/2016, e averiguar sua conformidade com as funções do Estado brasileiro no desenvolvimento socioeconômico, com núcleo nos arts. 1o, 3o e 170, da Constituição Federal de 1988, bem como com os princípios e valores da Ordem Econômica e Social. De acordo com a hipótese apresentada, a constitucionalização do Teto de Gastos, sobreposta a regras antecedentes (meta de resultado primário e regra de ouro), é uma manifestação da austeridade neoliberal e impõe a configuração de um Estado mínimo para as prestações de cunho social e produtivo, ao passo em que garante a segurança da reprodução do capitalismo financeiro com base na dívida pública. Utilizou-se o método lógico-dedutivo para o estudo das regras fiscais e o hipotético-dedutivo para o exame da ausência de sinergia entre os objetivos constitucionais e o arcabouço fiscal. Além disso, foram estudados dados da realidade econômico-financeira, por meio de análise de pesquisas empíricas. O trabalho identificou que o Teto de Gastos consubstancia uma política de redução do Estado por meios oblíquos, mediante bloqueio do projeto de superação do subdesenvolvimento contido na Constituição Federal de 1988, ao impedir o crescimento das despesas de acordo com as necessidades sociais e com o estado da economia. Além disso, seu desenho normativo resguarda a dívida pública, facilita a privatização das finanças públicas e a gestão não republicana do orçamento na relação entre Poder Executivo e Poder Legislativo. |