A atenuação do aluminio do resíduo de estações de tratamento de água por vermicompostagem e adsorção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: TAVARES, Rosangela Gomes
Orientador(a): MOTTA SOBRINHO, Maurício Alves da, PEREIRA, Luciana, CORREA, Marcus Metri
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22325
Resumo: A produção de água potável exige o adequado tratamento e disposição dos resíduos gerados nas estações de tratamento de água (ETAs), muitas vezes lançados nos corpos hídricos e nos solos. A problemática principal é a presença do alumínio (Al), que limita a disposição direta no meio ambiente. O presente trabalho aborda, em primeiro lugar, a geração, quantificação e disposição de lodos gerados nas ETAs existentes, e em operação no estado de Pernambuco. Em segundo, testaram-se e verificaram-se a viabilidade de tratamento da massa sólida do lodo, através da técnica de vermicompostagem, e, por processo de adsorção, do efluente líquido gerado no deságue do lodo. A pesquisa foi realizada a partir da coleta, sistematização e interpretação de dados secundários, por meio de ensaio de bancada. Os resíduos, provenientes de uma ETA e duas estações de tratamento de esgoto (ETEs), após o deságue, foram misturados, nas proporções: 100/0, 75/25 e 25/75% (ETA/ETE v/v). A vermicompostagem foi realizada com minhocas da espécie Eisenia andrei, por um período de 34 dias. O efluente líquido originado do deságue do lodo, foi tratado por processo de adsorção com o pó das conchas do marisco, Anomalocardia brasiliana, e com o Carvão Ativado (CA). Foram estudados, no tratamento de vermicompostagem, os parâmetros pH, Carbono Orgânico Total (COT), N total, Relação C/N e concentração do Al. No processo adsortivo, os parâmetros foram pH, massa de adsorvente, tempo de contato e concentração do Al. Os resultados mostraram que existem 246 ETAs, em Pernambuco, gerando resíduos, do qual 75% dessas, descartam seus detritos nos corpos hídricos e 22% no solo, sem qualquer tipo de tratamento. Apenas 3% realizam o processo de deságue, porém descartam no solo a massa sólida, sem nenhuma gestão dos mesmos. Por outro lado, o tratamento de vermicompostagem reduziu a massa seca inicial a 19%, aumentou o pH, diminuiu em 50% o teor de COT e aumentou N total de 2 a 5%, reduzindo a relação C/N. Além disso, proporcionou uma redução significativa do teor de Al, em torno de 90%.Tais experiências permitiram concluir que esse resíduo pode ser submetido ao tratamento de vermicompostagem, e as melhores eficiências se obtém quando o mesmo é tratado em conjunto com o lodo de esgoto. Os percentuais de remoção do Al, utilizando o processo de adsorção com o pó das conchas do marisco, nas concentrações de 1,0, 5,0 e 10,0 mg/L, foram de 79, 90 e 92%, nos primeiros 10 minutos de contato, mostrando que o material pode ser uma alternativa viável nos procedimentos de adsorção de metais. Com o CAT, os resultados foram 92% de remoção do Al, com apenas 5 mg/L de material, e após 5 minutos de contato.