Resumo: |
A presente investigação discute o tema da acessibilidade, um aspecto que visa promover o acesso e a condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização, em igualdade de oportunidades, com segurança e permitindo que um indivíduo participe da vida em sociedade com autonomia e independência. Mais especificamente, aborda as recomendações de acessibilidade cognitiva, provenientes das Game Accessibility Guidelines, propostas de acessibilidade destinadas a jogos, com ênfase no Transtorno do Espectro Autista (TEA), presentes em party games de cartas, que possuem regras simples, curta duração e possibilitam ampla interação social. Ao falar em acessibilidade em jogos, ainda é recorrente associarmos os recursos e as técnicas implementadas referentes, principalmente, a outras deficiências e, Apesar de existir uma crescente conscientização dos profissionais quanto à acessibilidade voltada para a construção de artefatos lúdicos, o estado da arte em pesquisas e recursos de jogos relacionado à acessibilidade para pessoas dentro do TEA ainda se encontra em estágios bastante iniciais. Tal premissa abre caminhos para se estabelecer o objetivo geral de propor um conjunto sistematizado de contribuições para componentes de party games de cartas a partir das recomendações de acessibilidade cognitiva das Game Accessibility Guidelines, estimulando o interesse de jogadores dentro do transtorno do espectro autista (TEA). Após o levantamento bibliográfico, com o intuito de fundar o embasamento teórico, por meio do Método de Procedimento Comparativo foi possível confrontar, através de triangulações, as Game Accessibility Guidelines cognitivas e os quatro eixos da Tétrade Elementar dos Jogos de Schell, uma classificação que permite subdividir os jogos em mecânica, narrativa, estética e tecnologia, nos diferentes party games de cartas, originando resultados que demonstrassem o grau de acessibilidade em cada artefato. Por fim, foram propostas sugestões de recursos acessíveis para os artefatos lúdicos, suscitando reflexões acerca da tomada de decisões de design inclusivas, culminando no desenvolvimento de party games de cartas mais acessíveis, voltados para jogadores com deficiências intelectuais, neurais ou de aprendizagem, em especial o TEA. |
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