Imagens da infância em Graciliano Ramos e Antoine de Saint-Exupéry

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: COUTINHO, Fernanda
Orientador(a): JOACHIM, Sebastien
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39817
Resumo: Este trabalho é direcionado à temática da infância que de uma forma global entendida como etapas da vida do individuo. É abordado também o imaginário infantil tem sido presença constante na história do pensamento. O discurso sobre a criança apresenta fisionomias múltiplas, expressando-se, no caso da Literatura, Alem destes aspectos, deve-se ressaltar que o tema em foco não se apóia exclusivamente no vigor do mythus que, desde os ensinamentos da Poética, aparece como elemento fiador do pacto de leitura. No presente trabalho a noção de infância e tomada tanto de um ponto de vista concreto e engloba uma série de atitudes comportamentais, as quais podem, inclusive, ultrapassar a baliza cronológica, atingindo outros momentos da existência, como conceitua Bachelard (1996). A infância é, por exemplo, um dos suportes temáticos da obra de Graciliano Ramos (Quebrangulo, AL - 1892, Rio de Janeiro, RJ - 1953) e, como tal, dela se depreendem múltiplas facetas desta idade. Em Graciliano Ramos este tema se desdobra em duas visadas: a dos personagens de criança que interagem na fabulação e a dos adultos cuja memória se volta ao passado e recria a estação pueril, lembrando-se, neste particular, a autobiografia do próprio autor. Dando sequência a esses escritores, muitos outros, em ambos os espaços literários citados, revisitaram o tema, o que denota sua inesgotabilidade, graças ao dom inventivo dos artistas da palavra. A ideia que norteará o trabalho é verificar o rendimento hermenêutico do tema, através do contraste entre a visão crítica de Graciliano Ramos, da qual ressalta uma negativização do homem e do mundo, e a de Antoine de Saint-Exupéry, cujo idealismo desemboca no retrato de uma infância modelar.