Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Desselman, Janeffer
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Orientador(a): |
MÜLLER, Andréa Correa Paraíso
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Banca de defesa: |
Oliveira, Silvana
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Lima, Carmen Rodrigues
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
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Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2895
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Resumo: |
Este estudo visa uma nova possibilidade de leitura das obras de Antoine de Saint- Exupéry produzidas nos entremeios da Segunda Guerra Mundial. São elas Piloto de Guerra (1941) e O pequeno príncipe (1943); ambas escritas em período de exílio do autor nos Estados Unidos (EUA). Verificamos, primeiramente, a fortuna crítica do autor, de maneira que pudéssemos perceber a carência de trabalhos na área da literatura. Procuramos observar como o exílio permeia as narrativas e é transposto através da linguagem pelos narradores. Buscamos compreender de que forma o posicionamento político e o contexto de escrita dessas obras ressignificam o olhar para elas. Analisamos a relação que os narradores constroem com suas lembranças de infância e com os espaços de céu e terra e o que representa o entre-lugar nas narrativas. Como propósito da nossa pesquisa, observamos os narradores das duas obras, não apenas pela aproximação de suas profissões, ambos aviadores, mas pela forma como narram suas memórias, estas bastantes fixas na infância e na relação com o seu “eu interior”. Para fomentar este estudo, utilizamos as postulações de Edward Said (2003) sobre os conceitos de exílio. Apoiamo-nos no estudo realizado por Biela (1996), no Canadá, que compõe uma noção de exílio presente nas obras de Exupéry. Além da grande contribuição de Patrícia Munhoz (2014) no que tange às relações de Saint-Exupéry com a Guerra. Recorremos aos depoimentos dos amigos de Saint-Exupéry sobre o processo de escrita trazidos por Cerisier (2013), dentre outras fontes. Concluimos que é nesse entre-lugar que os pilotos estão, ora no céu ora na terra, ora nas lembranças da infância ora lembrando-se das amarguras da vida adulta. Talvez seja esse entre-lugar o espaço de equilíbrio e de repouso para estes que não pertencem a lugar nenhum, nem à infância, nem à vida adulta, nem ao céu, nem à terra. É nesse “não espaço” que os narradores encontram a possibilidade de existir, de viver o exílio e conviver com suas lembranças. |