Rastreamento de disfunções respiratórias em indivíduos na condição pós-covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Jakson Henrique
Orientador(a): CAMPOS, Shirley Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51650
Resumo: Introdução: A condição pós-COVID-19 confere sintomas que permanecem além de 12 semanas após o diagnóstico e podem persistir, quando associado ou não a outra doença pré existente. Compreendendo que a COVID-19 é uma doença multissistêmica, torna-se relevante averiguar a presença de disfunções do sistema respiratório após o período da fase aguda. Objetivo: Rastrear a ocorrência de disfunções respiratórias em indivíduos na condição Pós-COVID-19 a partir de uma avaliação multidimensional composta por espirometria, ventilometria (VENT), manovacuometria e análise do padrão respiratório. Métodos: Estudo observacional e transversal registrado no Clinical Trials (NCT05659615). Para rastrear disfunções respiratórias na condição Pós-Covid-19 foram realizadas espirometria (medição de capacidade vital forçada - CVF, Volume expiratório forçado no primeiro segundo - VEF1); manovacuometria (pressão ins e expiratórios máximas - PImáx e PEmáx, respectivamente), ventilometria (volume minuto - VM, volume corrente - Vt, frequência respiratória - FR, capacidade inspiratória - CI e capacidade vital lenta - CVL). O padrão respiratório foi avaliado pelo Respiratory Diagnostic Assistant (RDA) em pacientes que fornece, além das variáveis ventilométricas, mensuradas, fluxos e tempos ins e expiratórios no tempo. Na análise exploratória, 51 sujeitos foram estratificados conforme tempo de convalescença, 30 (60%) indivíduos entre 1 a 6 meses (4 a 24 semanas) e 21 (40%) com 25 a 52 semanas pós-Covid. As variáveis foram descritas em valores brutos, previstos e classificados como função preservada ou alterada. Resultado: Dos 51 sujeitos em condição pós-COVID-19, a maioria eram mulheres (58,8%), com idade média de 50,3 ± 10,6 anos. Cerca de 30 (60%) indivíduos encontravam-se entre 4 a 24 semanas e 21 (40%) com 25-47 semanas pós-Covid. Independente do estrato amostral, 63% apresentavam VEF1 predito abaixo do esperado, sugerindo a presença de um padrão obstrutivo e 64% tinham PEmáx abaixo do valor predito. O RDA indica alterações no ritmo do padrão respiratório em mais de 81% dos investigados. Não houve diferença entre os estratos para todas as variáveis da função respiratória avaliados. Conclusão: Pacientes em condições pós COVID-19 podem apresentar disfunção obstrutiva, levando a volumes e capacidades pulmonares reduzidos. O ritmo do padrão respiratório pode manter-se alterado após a COVID-19 em até 11 meses após a doença. A utilização destas avaliações na rotina do fisioterapeuta permite a estabilização de objetivos bem como pode servir como parâmetro para aferir e acompanhar a evolução do tratamento.