Adubação com gliricídia e esterco em culturas do semi-árido nordestino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: da Silva Garrido, Marlon
Orientador(a): Simões Cezar Menezes, Rômulo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
15N
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9232
Resumo: As quantidades disponíveis de esterco não são suficientes para adubar todas as áreas agrícolas na região semi-árida do Brasil. Este esterco, em geral, é de baixa qualidade e pode causar imobilização temporária do nitrogênio do solo. Os adubos verdes, isolados ou combinados com esterco, são uma boa alternativa para aumentar a disponibilidade de nutrientes. Para avaliar o uso de gliricídia e de esterco, isolados ou combinados, foram realizados um experimento em casa de vegetação e outro em campo. Foi também produzida gliricídia marcada com 15N para futuros estudos de dinâmica de N no sistema solo-planta. Em dois cultivos consecutivos, em casa de vegetação, foram avaliados o crescimento inicial e a absorção de nutrientes pelo algodoeiro e pela mamoneira, com aplicações equivalentes a 20 t ha-1 de esterco, 20 t ha-1 de folhas de gliricídia ou 10 t ha-1 de esterco mais 10 t ha-1 de gliricídia.. A incorporação de gliricídia resultou em maior crescimento do algodão e da mamona, maior e mais rápida disponibilização de N mineral e maiores acúmulos e recuperações aparentes de N, P e K. O esterco não aumentou a disponibilidade de N no solo, mas sua combinação com a gliricídia aumentou a disponibilidade de N, P e K do solo em relação à testemunha, indicando ser uma prática promissora. Em campo no semi-árido paraibano, durante três anos, foram medidas as produtividades de milho, feijão macassar e algodão herbáceo, em consórcio, e os acúmulos e recuperações aparentes de N, P e K, com aplicações de esterco e gliricidia, nas quantidades acima, incorporadas ou na superfície do solo. A maior produtividade do milho foi obtida com a incorporação de esterco + gliricídia antes do plantio; a de feijão, com o esterco + gliricídia em cobertura; e a do algodão, com a incorporação do esterco antes do plantio. Em 2008, ano de boas chuvas, a adubação orgânica aumentou a produção de milho em mais de 3000 kg ha -1, a de feijão em mais de 150 kg ha -1 e a do algodão em mais de 200 kg ha -1. A incorporação isolada de gliricídia antes do plantio teve pouco efeito na produtividade de todas as culturas. A gliricídia em cobertura, em conjunto com a incorporação de esterco, aumentou a produção vegetativa do algodoeiro em detrimento da produção de algodão em caroço. Os acúmulos de nutrientes seguiram o mesmo padrão das produções de biomassa que tiveram diferenças muito maiores que a dos teores. As recuperações aparentes foram baixas em 2006 e 2007 e altas em 2008. Os balanços de nutrientes indicam que as incorporações de esterco ou de esterco + gliricídia em cobertura foram capazes de suprir as necessidades das culturas e de manter a fertilidade do solo mas as de gliricidia isolada não foram. A produção de gliricídia marcada com 15N resultou em biomassa seca média de 13g vaso-1, com enriquecimento de 4,214% de 15N e aproveitamento de 84% do fertilizante marcado utilizado, valor superior aos usualmente obtidos em cultivos em solo