Polinização de Tabebuia Impetiginosa e Jacaranda Rugosa (Bignoniaceae) e o efeito de Pilhadores no seu sucesso reprodutivo no Parque Nacional do Catimbau

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Milet Pinheiro, Paulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/890
Resumo: No Parque Nacional do Catimbau foi realizado um estudo sobre a ecologia da polinização de Tabebuia impetiginosa e Jacaranda rugosa (Bignoniaceae), destacando a ação dos pilhadores no seu sucesso reprodutivo. O mecanismo de fechamento estigmático também foi investigado nessas duas espécies e em mais outras três da mesma família, Anemopaegma laeve, Arrabidaea limae e Jacaranda irwinii. T. impetiginosa e J. rugosa são auto-incompatíveis e dependem de abelhas de médio a grande porte, principalmente das tribos Centridini e Euglossini, para sua polinização. Trigona spinipes e espécies de Xylocopa foram os principais pilhadores de néctar, atingindo mais que 70% das flores. O efeito dos pilhadores de néctar no sucesso reprodutivo foi avaliado a partir do experimento de depleção e adição de néctar e da proteção das flores contra pilhadores. A retirada experimental de néctar, simulando a ação de pilhadores, resultou em visitas florais curtas, enquanto a adição de néctar artificial duplicou o tempo de permanência dos polinizadores na flor. Assim, a redução da disponibilidade de néctar leva a um aumento de visitas florais e de vôos entre indivíduos pelos polinizadores, promovendo um acréscimo da polinização cruzada. Flores protegidas contra pilhadores formaram mais frutos do que flores desprotegidas e isso se deve, principalmente, à ação de Trigona spinipes. A baixa taxa de frutificação natural nas populações estudadas foi resultado das visitas destrutivas de T. spinipes e de uma alta taxa de geitonogamia, associada ao fechamento irreversível dos estigmas sensitivos após deposição de pólen co-específico. O fechamento estigmático definitivo em quatro das cinco espécies estudadas foi relacionado à deposição de pólen viável co-específico