Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Adrian Thaís Cardoso Santos Gomes da |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Ednaldo Cavalcante de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51811
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Resumo: |
Pessoas trans e travestis são as maiores vítimas de homicídios no Brasil quando comparadas as demais da diversidade sexual e de gênero. Atribui-se a esse fato, muitas das vezes, por causa de assumirem a identidade de gênero oposta ao padrão cis hetero, em que se considera “homem é homem” e “mulher é mulher”. Assim objetivou-se com esse estudo construir uma cartilha educacional válida para mulheres trans sobre o enfrentamento da violência sexual. Trata-se de um estudo de desenvolvimento metodológico, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com seres humanos (CAAE 57111622.8.0000.5208), precedido por uma revisão integrativa de literatura sobre a temática em estudo, e, um estudo qualitativo e descritivo objetivando analisar o conhecimento das mulheres trans sobre violência sexual e subsidiar os conteúdos para o desenvolvimento da cartilha, cumprindo-se as seguintes etapas: a) identificação dos conteúdos para o desenvolvimento da cartilha; b) desenvolvimento da cartilha com base na revisão da literatura e entrevistas realizadas com as mulheres trans; c) avaliação de conteúdo e aparência com juízes especialistas; d) avaliação de aparência e semântica com a população-alvo do estudo. Participaram desse estudo, cinco mulheres trans, na faixa etária dos 18 aos 45 anos de idade, negras, pardas, brancas, mestiças, de religião cristã e de matriz africana, residentes no Brasil ou no exterior, alfabetizadas, com curso superior completo ou incompleto, ensino fundamental ou médio completo ou incompleto, heterossexuais, pansexual, acompanhadas em dois ambulatórios especializados no cuidado e acolhimento. Para analisar as informações do estudo qualitativo, empregou-se a análise textual lexicográfica por meio do software gratuito IRAMUTEQ versão 7.0, utilizando a Classificação Hierárquica Descendente, gerando as categorias analíticas: “Realidade do cotidiano de mulheres transexuais e travestis”; “Autonomia das mulheres transexuais e travestis sobre seu corpo e liberdade de expressão”; “Dificuldade em ocupar cargos importantes e espaço na sociedade e consequências da marginalização”; “Processo de transição e questões envoltas”; “Socialização no ambiente em que vive”. Para a organização e processamento dos dados referente à avaliação de conteúdo e de aparência por sete juízes especialistas, foi utilizado o software IBM® SPSS® Statistics. Para verificar a congruência entre eles em relação ao grau de relevância dos itens foi utilizado o Índice de Validade de Conteúdo estabelecido por um nível de concordância mínimo de 80% entre os avaliadores. Os resultados mostraram que a “Cartilha educacional para o enfrentamento da violência sexual” foi avaliada com índice geral de concordância 0,88, IVC superior a 0,78 pelos juízes especialistas, nas dimensões objetivos, estrutura e apresentação e relevância. No processo de avaliação pelas mulheres trans, o índice geral de concordância na dimensão semântica foi obtido com o IVC de 0,95. Assim, consideramos que a cartilha poderá ser usada e compartilhada com as mulheres trans e profissionais que atuam no processo de educação em saúde, minimizando os efeitos das violências perpetradas contra as mulheres trans, visto ser um problema de saúde pública mundial. |