O gênero chamada de programação: uma investigação sobre as chamadas de novelas da Rede Globo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Henrique Oliveira de Almeida, Gustavo
Orientador(a): Teixeira Vieira de Melo, Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3439
Resumo: O propósito principal deste trabalho é investigar o gênero textual chamada de programação de televisão, que apesar de sua importância e presença constante na mídia, ainda não foi sistematicamente estudado pela academia. Como corpus da pesquisa, foram escolhidas chamadas de programação de três novelas da Rede Globo exibidas no horário das 21 horas Laços de Família , Porto dos Milagres e O Clone . A Globo é a maior produtora de novelas do mundo e são elas, as novelas, o produto televisivo que apresenta o maior número de categorias de chamadas de programação, o que se mostrou ideal para a investigação de tal gênero. A fim de caracterizar a chamada de programação como gênero, estudamos suas características básicas, o que inclui a análise das rotinas sociais que estão por trás da chamada e sua interação com outros campos discursivos bem como suas peculiaridades lingüísticas. Ao final, buscamos mostrar como, mesmo constituindo uma unidade maior reconhecida sob a denominação chamada de programação, este gênero se subdivide em categorias distintas à medida que atende a objetivos específicos da produção televisiva autopromocional. As diversas categorias de chamadas contidas no trabalho são investigadas através de teorias dos gêneros do discurso, com destaque para os estudos de Bakhtin (1997 [1979]), Bronckart (1999), Maingueneau (2002) e Marcuschi (2003). Todos eles apresentam os gêneros não como produtos lingüísticos, mas como fenômenos discursivos presentes na sociedade resultado de práticas sociais que estabilizam e ordenam as interações entre os atores sociais e contribuem para um maior e melhor entendimento dos discursos