O professor pesquisador em Pernambuco: concepções e experiências de professores de português das escolas de referência em ensino médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: FALCÃO, Gabriela Lins
Orientador(a): SUASSUNA, Lívia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13054
Resumo: Os debates atuais sobre formação de professores e ensino de língua materna defendem a pesquisa como mecanismo fundamental a esses processos, especialmente por sua possibilidade de oportunizar ao professor o rompimento com a racionalidade técnica comum às práticas de ensino tradicionais e transmissivas a partir do desenvolvimento de uma postura crítica e reflexiva. Fundamentado nessa perspectiva, e, portanto, reconhecendo a importância da pesquisa como componente necessário ao trabalho e à formação docente, o presente estudo tem por objetivo geral compreender as relações entre os professores de língua portuguesa das Escolas de Referência do Estado de Pernambuco e a atividade investigativa. Para isso, baseia-se em autores da área de formação de professores (ANDRÉ, 2001; DEMO, 2002; GIROUX, 1997; LÜDKE, 2001; SCHÖN, 1983 etc.); teóricos do ensino de língua materna (GERALDI, 1996, 1997; BRITTO, 1997; MARCUSCHI, 2008; ILARI, 1997 etc.) e nos dispositivos oficiais. A partir da aplicação de questionários e de entrevistas com professores de escolas localizadas em diferentes regiões do Estado, foi possível constatar o esvaziamento da prática de pesquisa, nos processos de formação inicial e ao longo da trajetória profissional desses professores. Assim, mesmo se tratando de uma política de governo em franca expansão, a hipótese da Escola de Referência em Ensino Médio como local favorável à pesquisa não se confirma, apontando para o ideal de um “professor pronto” e evidenciando insatisfatórias condições de trabalho e de formação desses sujeitos. Além disso, foi possível ter acesso às concepções de pesquisa dos professores, tendo-se percebido que predomina o entendimento dessa atividade como preparo de material didático. Por fim, a partir da visão desses docentes, foi possível compreender as contribuições da atividade investigativa para a formação e para a atuação em sala de aula, confirmando que a pesquisa pode e deve assumir um papel de destaque na construção de um perfil reflexivo, devolvendo ao docente o status de produtor de saberes, nos diferentes níveis de ensino.