Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
GAMEIRO, Thiago Gabriel Silva |
Orientador(a): |
SANTOS, Gustavo Gomes da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38602
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Resumo: |
A presente tese analisa a construção da cidadania através da escolarização básica e obrigatória no Brasil. Discutem-se algumas das principais perspectivas teóricas sobre o tema (MARSHALL, 1967; PETTIT, 1997, 2010; RAWLS, 2003, 2009; ARENDT, 1998, 2016a; HABERMAS, 1997, 2000; PATEMAN, 1992; FREIRE, 2017, 2018; DAGNINO, 1994, 2004; BENEVIDES, 1991), reconhecendo que ele não é unívoco, como, muitas vezes, é (sub)entendido, e cujos significados são incorporados à luta política, enquanto um “significante vazio” (LACLAU, 2011). O objetivo geral da investigação é a análise da construção da cidadania das(os) estudantes de uma escola pública, a partir, em especial, da observação – realizada no segundo semestre de 2018 – das práticas vivenciadas no cotidiano da instituição, tendo como pressuposto preliminar que essas práticas repercutem na naturalização da cidadania daqueles sujeitos. O estudo foi realizado com estudantes do ensino fundamental (com o foco no 3º ano), em uma escola localizada no município de Jaboatão dos Guararapes, estado de Pernambuco. Com vistas ao aprofundamento naquele objetivo, foram aplicadas a análise documental; o método etnográfico com observação direta; juntamente com a técnica de grupo focal, empregada com o intuito de analisar de que forma a cidadania é vivenciada e naturalizada, via escolarização, na maneira como as(os) estudantes enxergam a realidade. De nossa investigação, pudemos compreender que a construção da cidadania na escola não se limita às(aos) estudantes, incidindo em toda a comunidade escolar. Também pudemos identificar a noção de “cidadania (com)passiva” emergindo da análise do campo, a qual imiscui, por um lado, benevolência e amor piedoso, fortalecendo a dignidade de alguns sujeitos, enquanto, por outro lado, reforça a passividade na forma dominante como a cidadania se naturaliza na escola. Desta feita, depreende-se que esse processo sofre influências das práticas naturalizadas na instituição, mas de maneira contraditória, distanciando-se, em certa medida, de análises pautadas em frequente maniqueísmo pessimismo/otimismo, as quais, muitas vezes, partem de modelos elaborados em outros contextos, enviesando a análise. |