Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
MELO, Dejane de Almeida |
Orientador(a): |
DINIZ, Alcides da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48622
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Resumo: |
Com o avanço das prevalências da obesidade e considerando sua contribuição para uma maior susceptibilidade para a ocorrência de disfunções metabólicas, métodos de avaliação precoce dessas alterações fazem-se necessárias desde as fases mais precoces da vida. Nesse contexto, o índice de adiposidade visceral (IAV) tem sido proposto como um indicador de disfunções metabólicas. Assim, esse estudo objetiva avaliar o desempenho diagnóstico do IAV para identificar a obesidade e a síndrome metabólica (SM) em adolescentes tardios. Trata-se de um estudo de delineamento transversal aninhado em uma coorte de nascimento realizada no município de São Luís – MA, inserida no Consórcio de Coortes Brasileiras de Nascimento. Foram avaliados dados da terceira fase dessa coorte, referentes ao ano 2016, estando os participantes com 18 e 19 anos, selecionados por amostragem aleatória estratificada. O IAV foi calculado de acordo com uma equação que agrega o índice de massa corporal, a circunferência da cintura, lipoproteína de alta densidade e triglicerídeos. A obesidade foi definida a partir do percentual de gordura corporal avaliado pela pletismografia por deslocamento de ar, segundo as classificações propostas por Williams et al. (1992) e Ramírez Vélez et al. (2017). A SM foi avaliada a partir das definições preconizadas pela International Diabetes Federation (IDF) (2007), Cook et al. (2003), De Ferranti et al. (2004) e pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN, 2020). O desempenho diagnóstico do IAV para identificar a obesidade e a SM foi avaliada a partir da área sobre as curvas (AUC) de características de operação do receptor para estimativa dos pontos de corte com maior sensibilidade e especificidade. Também foram analisadas a concordância, acurácia, balanço da acurácia, valores preditivos e razões de verossimilhança. O nível de significância adotado foi de 5% e o programa estatístico utilizado foi o R (versão 1.4.1106). Foram avaliados 2019 adolescentes, cuja prevalência da obesidade variou de 9,7% (IC95%: 8,4%-11,1%) a 25,4% (IC95%: 23,5%-27,3%), e a prevalência da SM de 3,8% (IC95%:3,0%-4,7%) a 10,6% (IC95%: 9,3%-12,0%). A prevalência de obesidade associada a SM foi de 6,1% (IC95%: 5,1%-7,3%). A AUC do IAV para identificar a obesidade foi inferior a 80% e majoritariamente superior a 80% na avaliação da SM considerando três dos quatro critérios avaliados. Para a identificação da associação entre obesidade e SM, o IAV apresentou AUC de 91,9%. O ponto de corte para avaliar a obesidade foi de 1,2 e, para obesidade e SM foi de 1,8 na amostra total. Para avaliar 7 a SM, os pontos de corte variaram de 1,2 a 1,8 na amostra total. Análises de concordância, acurácia, balanço da acurácia, valores preditivos positivos e negativos, e razões de verossimilhança positivas e negativas ratificam a consistente confiabilidade do IAV para identificar a SM isoladamente e associada a obesidade. Dessa forma, embora o IAV não tenha apresentado adequado desempenho diagnóstico confrontada com a avaliação da obesidade, ele parece uma alternativa promissora para a avaliação de perfis metabólicos desfavoráveis em adolescentes tardios. |