Contribuições taxonômicas e biologia da família Spongillidae (Porífera)
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17377 |
Resumo: | Corvoheteromeyenia Ezcurra de Drago, 1979 é um gênero endêmico da Região Neotropical, criado para albergar: C. australis (Bonetto & Ezcurra de Drago, 1966) e C. heterosclera (Ezcurra de Drago, 1974). No entanto, devido à confusão na descrição original de C. australis e C. heterosclera, não era clara a distinção entre as espécies. Adicionalmente, o material tipo dessas espécies não foi depositado nas coleções indicadas nos trabalhos originais. Sendo assim, no intuito de elucidar o status específico destes materiais, o presente trabalho apresenta a revisão do gênero e a designação dos neótipos. Um total de 41 espécimes foram analisados e identificados como sendo Corvoheteromeyenia. Baseado na bibliografia e no material examinado foi realizada a redescrição das espécies C. australis e C. heterosclera. A microsclera acantóxea foi apontada como o caráter distintivo entre ambas as espécies, presente apenas em C. heterosclera. Além destas duas espécies, foi descrita C. sanidastosclera Pinheiro, Silva & Calheira, no prelo, que difere das demais por apresentar apenas gemosclera sanidáster. Este trabalho também testou se a fisiologia da eclosão da gêmula poderia influenciar na distribuição das esponjas de águas continentais. Até o presente, apenas a morfologia gemular estava sendo considerados para entender o padrão de distribuição das espécies. Neste trabalho, escolhemos duas espécies (Heteromeyenia cristalina Batista, Volkmer-Ribeiro & Melão, 2007 e Radiospongilla inesi Nicacio & Pinheiro, 2011) para testar se a distribuição da espécie está associada à capacidade de eclosão da gêmula em diferentes tipos de ambientes. Cinco tratamentos foram realizados (T): T1 (água do local da coleta das esponjas); T2 (água do Rio Pirangi); T3 (água da Lagoa Araraquara); T4 (água mineral) e T5 (T1 + gêmulas dessecadas). Para cada tratamento, foram utilizadas 30 gêmulas com três réplicas. As gêmulas foram observadas diariamente, durante 30 dias. Para a análise dos dados foi realizada ANOVA e teste Tukey. O resultado apresentou que as gêmulas de ambas as espécies submetidas ao T3 não eclodiram, provavelmente em virtude da maior condutividade da água. Houve diferença significativa entre os tratamentos (T1, T2, T4) e entre as espécies (F2;12=77,2). A comparação entre T1 e T5 apresentou diferença entre os tratamentos e as espécies (F1;8=27,5), com alta significância para ambos resultados (P<0.001). Foi constatado que R. inesi apresentou um percentual de eclosão elevado nos tratamentos analisados, enquanto que H. cristalina, teve percentual de eclosão elevado apenas na água de sua própria localidade de coleta. Adicionalmente foi observado o desenvolvimento de esponjas em ambas as espécies. |