Diferenciação clinica e eletroencefalográfica de ausências tipicas com registros simultâneos de crises clínicas em vídeo: estudo de 489 crises em 18 pacientes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: CARVALHO, Valentina Nicole de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8717
Resumo: Foram estudadas através de "vídeo-EEG" 489 crises de ausências típicas em 18 pacientes com idades de quatro anos e 10 meses a 64 anos e 11 meses. Ausências típicas foram definidas conforme a Classificação da Liga Internacional contra a Epilepsia (ILAE, 1981): "crise de início abrupto, com interrupção das atividades, perda do contato e possível rotação dos olhos para cima". De acordo com os critérios da Comissão de Classificação e Terminologia da ILAE (1989), o diagnóstico sindrômico foi possível em 66,67% dos casos e, usando a proposição de Panayiotopoulos (1997), em 72,22%. Nos pacientes restantes houve um amplo espectro de apresentações eletroclínicas que não permitia a abordagem sindrômica descrita. Nesta série de crises de ausência havia características ictais sindrômicas específicas, como proposto por Panayiotopoulos. Pacientes com epilepsia ausência da infância (n=7) apresentaram comprometimento mais severo da consciência que aqueles com epilepsia ausência juvenil (n=4). Atividade delta rítmica intermitente occipital interictal esteve presente em 71,43% dos casos com epilepsia ausência da infância e em 25% na forma juvenil. Dois pacientes com epilepsia ausência com mioclonias periorais apresentaram crises de curta duração (média 3,85s). Pacientes com alteração ictal severa da consciência apresentaram mais freqüentemente picnolepsia (p=0,022), início mais precoce das crises (p=0,020) que aqueles com comprometimento parcial. Pacientes com padrão eletrográfico regular tiveram mais freqüentemente início das crises mais precoce (p=0,038) e automatismos (p=0,023), emenos freqüentemente crises tônico-clônico generalizadas (p=0,002), que aqueles com complexos de ponta-onda irregulares. A freqüência ictal no período inicial (primeiro segundo da descarga) apresentou valor médio significativamente maior do que nos períodos intermediário (segundo ao quarto segundo) e final (últimos três segundos) (p=0,001). A freqüência ictal no período intermediário também apresentou valor médio superior a do período final (p=0,001)