Aplicação de adesivo no cabedal : análise dos riscos ergonômicos sob a luz do eSocial e da NR-17 em uma empresa calçadista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CARNEIRO, Carmelo Henrique de Souza Leão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pós Graduação em Ergonomia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39479
Resumo: Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) são provenientes das sobrecargas laborais ao sistema musculoesquelético, sendo crescentes os casos no setor calçadista devido aos riscos das operações. A avaliação é parte do gerenciamento, objetivando identificar e averiguar os riscos para o direcionamento das intervenções ergonômicas. No Brasil, esta avaliação é realizada com base na norma regulamentadora – 17 Ergonomia (NR-17) e desde 2018, também tem sido considerado o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Objetivou-se realizar uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET) na operação de aplicação de adesivo no cabedal em uma empresa de calçados baseando-se nos riscos ergonômicos contidos na Tabela 23 do eSocial e na NR-17 Ergonomia. Foram avaliados fatores biomecânicos; de mobiliário e equipamentos; ambientais; organizacionais; e, psicossociais/cognitivos. Participaram 30 aplicadores de adesivo no cabedal de uma unidade de produção de calçados esportivos localizada no nordeste brasileiro. A demanda originou-se dos afastamentos e queixas ambulatoriais. Para a avaliação dos riscos ergonômicos foram realizadas filmagens, fotografias, métodos observacionais, medições das condições ambientais, questionários e checklists, onde o risco foi categorizado em cinco níveis baseados na nova NR-01 Prevenção de Segurança e Saúde no Trabalho. Verificou-se que os itens com mais relatos de desconforto envolveram manutenção de ritmos intensos de trabalho; exigência frequente de elevação dos membros superiores; excesso de situações de estresse ocupacional; e, demanda de um alto nível de concentração, atenção e memória. Isto também foi corroborado pelas metodologias de avaliação ergonômicas empregadas. Conclui-se que são necessárias intervenções ergonômicas, sobretudo, de natureza organizacional, biomecânica e psicossocial/cognitiva.