Políticas públicas educacionais escolares e diversidade epistêmica : a educação escolar quilombola em Castainho - Pernambuco
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Educacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42320 |
Resumo: | O presente estudo analisou como a comunidade de Castainho organiza e produz sua política de educação escolar quilombola em torno da escola em seu território. Partimos da hipótese de que o processo histórico das comunidades quilombolas no Brasil aponta para resitência/insurgência frente ao modelo de sociedade no qual foram constituídos os quilombos e, estende esse passado de lutas até o atual momento, acarretando assim em outras propostas de organização social, política e cultural. No campo educacional, partimos do pressuposto de que esses outros olhares podem orientar outras formas de pedagogias e política educacional; para além, acreditamos que essas outras propostas tomam percursos diferentes do padrão moderno-colonial-eurocêntrico. A pesquisa tomou como aporte teórico-metodológico as contribuições dos(as) autores(as) da Rede Modernidade/Colonialidade e a abordagem etnográfica com base na concepção da “ficção antropológica”. Diante disso, tivemos como objetivos identificar e analisar os elementos políticos e epistêmicos das concepções de educação desenvolvidas pelas comunidades quilombolas; analisar como esses elementos político e epistêmicos atuam e garantem a educação escolar quilombola em seus territórios; e analisar como essas práticas de educação escolar quilombola podem articular outros olhares sobre as políticas educacionais. Os resultados da pesquisa nos mostra que, de maneira constitutiva, o território quilombola reúne sob seus signos e símbolos as ações e ressignificações cotidianas da comunidade, inserindo na escola e nas suas práticas os elementos políticos e epistêmicos que partem dos sujeitos de Castainho. Isso implica em reconhecer o que outros grupos concebem como sendo políticas públicas a partir de suas experiências, de suas cosmovisões, bem como concebem as noções de direito e justiça, e também desestabilizar a noção ocidentalizada de política pública como algo fixo, positivo e invariável, colocando os modos de ser das próprias políticas públicas como circunscritas em uma determinada cosmovisão. |