Desenvolvimento de nanoimunossensor para identificação de anticorpos contra o vírus da hepatite B

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: TRINDADE, Erika Ketlem Gomes
Orientador(a): DUTRA, Rosa Amália Fireman
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Administracao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15423
Resumo: A infecção com o Vírus da Hepatite B (HBV) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Estima-se que 350 milhões de pessoas no mundo têm infecção crônica pelo HBV, o que representa aproximadamente 5% da população mundial. Levando-se em conta que a transmissão do HBV ocorre principalmente pelas vias parenteral e sexual, bolsas de sangue devem ser rigorosamente controladas. Um teste rápido antes da doação para identificar o marcador do HBV é desejável para reduzir os custos com o descarte desnecessário de bolsas de sangue. Atualmente, os anticorpos produzidos contra os antígenos do core do vírus da hepatite B (anti-HBc IgG) têm sido relatados como o marcador mais prevalente para o HBV devido a persistir por toda a vida e indicam infecção passada. Imunossensores são dispositivos analíticos que utilizam antígenos ou anticorpos e um transdutor para detecção rápida e quantificação de analitos e também podem ser portáteis. Diferentes tipos de transdutores para imunossensores são utilizados, tais como eletroquímico, óptico e piezoeléctrico. As técnicas eletroquímicas têm como princípio básico a detecção de espécies eletroativas presentes no processo de interação do elemento biológico com o transdutor. Transdutores eletroquímicos amperométricos estão entre os mais utilizados, devido à sua facilidade para portabilização. Os nanomateriais e os polímeros funcionalizados têm atraído grande interesse no desenvolvimento de matrizes de imobilização para biossensores devido a proporcionarem maior estabilidade e maior área para ancoramento de biomoléculas. Quando os nanotubos de carbono carboxilados são associados com politiramina, eles formam ligações amida que permitem que esta superfície seja muito mais estável, aumentando a precisão analítica. Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um imunossensor para detecção do anti-HBc através da imobilização do antígeno do HBc (HBcAg) em um eletrodo de ouro nanoestruturado formado por nanotubos de carbono carboxilados e politiramina. As modificações no eletrodo foram acompanhadas por voltametria cíclica e voltametria de onda quadrada. Foi obtida uma matriz estável, com processo de interação reversível e com possibilidade de portabilização. A faixa linear de resposta foi de 1,0 a 5,0 ng/mL, com limite inferior de detecção de 0,1ng/mL, mostrando grande sensibilidade para o anticorpo. Para uso clínico, o protótipo precisa ser validado em mais amostras sorológicas.