Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Assis, Viviane da Conceição Davino
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Orientador(a): |
Lemaire, Denise Carneiro |
Banca de defesa: |
Lemaire, Denise Carneiro
,
Freire, Songeli Menezes
,
Silva, Marcos da Costa
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM)
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde - ICS
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35597
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Resumo: |
Introdução: Há carência na literatura em relação à situação vacinal de idosos contra hepatite B, doença que se constitui um grave problema de saúde pública, no Brasil. Apesar de a vacina estar disponível de forma gratuita, ser eficaz e de baixo custo, houve aumento do número de casos da doença nos últimos doze anos entre indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos. O município de Salvador/Bahia é uma das cidades do Nordeste cuja população mais envelhece e é constituída majoritariamente de mulheres. Entretanto, a situação vacinal dessa população permanece desconhecida. Objetivo: Investigar a situação vacinal contra a hepatite B em uma população de idosas do município de Salvador-Bahia. Metodologia: Estudo de corte transversal, com amostra constituída de idosas matriculadas na Universidade Aberta à Terceira Idade de uma universidade pública. A coleta de dados foi realizada com aplicação de questionário estruturado, análise de cartão de vacinação e quantificação dos níveis séricos de anticorpos anti-HBs e anti-HBc total. Resultados: A população de estudo, constituída de 142 idosas, foi caracterizada pelo predomínio de: cor parda (50,0%); ensino médio completo (50,7%); solteira (35,5%); renda familiar entre um e dois salários mínimos (27,5%) e aposentada (88,7%). Em relação à situação vacinal, 49,3% das participantes apresentaram carteira de vacinação para análise e destas, 31,4% tinham o registro das três doses da vacina. Os exames sorológicos foram realizados por 66 idosas, independentemente da apresentação do cartão de vacina e evidenciaram maior frequência dos marcadores anti-HBs não reagente (74,2%) e anti-HBc total não reagente (87,9%) que indicam, respectivamente, susceptibilidade e não contato prévio com o vírus da hepatite B. No grupo de idosas que apresentaram carteira de vacinação e realizaram os exames laboratoriais, 26,3% tinham o registro de pelo menos uma dose da vacina na carteira, e 73,3% não haviam sido vacinadas. A maioria das idosas vacinadas (18,5%) apresentou níveis séricos de anti-HBs reagente, o que sugere imunoproteção contra a doença. Destas, 5,3% adquiriram esta imunidade, provavelmente, pela vacinação (anti-HBs reagente/anti-HBc total não reagente) e 13,2%, pela infecção e/ou vacinação (anti-HBs reagente/anti-HBc total reagente). No grupo de participantes não vacinadas, foi observada maior prevalência de idosas susceptíveis à infecção pelo vírus da hepatite B com resultado de anti-HBs não reagente (60,5%). Conclusão: O presente estudo revelou que, na amostra da população de idosas de Salvador, constituída de mulheres matriculadas em uma Universidade Aberta à Terceira Idade, há baixa frequência de participantes vacinadas contra a hepatite B e, consequentemente, elevado risco presumido de infecção pelo HBV. |