Efeitos de uma refeição teste oral hiperlipídica sobre os lipídios e marcadores inflamatórios de aterogênese em indivíduos normais e diabéticos tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Régia de Sá Barreto Coutinho, Eponina
Orientador(a): de Arruda Câmara e Siqueira Campos, Florisbela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8992
Resumo: Lipemia pós-prandial alterada é um fator de risco para aterosclerose. Proteína C-reativa de alta sensibilidade (hs-PCR) e leucócitos são marcadores inflamatórios de aterosclerose. Até o momento, não se conseguiu estabelecer a faixa de normalidade da lipemia pós-prandial e o efeito das suas alterações nesses marcadores inflamatórios. O objetivo deste estudo é avaliar o nível de lipemia pós-prandial e da hs- PCR e a contagem de leucócitos em indivíduos saudáveis (controles) e diabéticos tipo 2, após uma refeição teste hiperlipídica. Controles e diabéticos tipo 2 praticamente sem comorbidades, exceto por Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), com idade entre 30-58 anos, de ambos os sexos, eram submetidos a ingestão de uma refeição teste hiperlipídica (56g de gordura) e tinham seus perfis lipídicos (colesterol total, HDL, triglicerídeos), hemograma e hs-PCR realizados no basal (12h de jejum), 3h e 5h pós-refeição. Notouse que os níveis de triglicerídeos (TG) pós-prandiais nos controles e diabéticos foram similares aos encontrados em outros locais do Brasil e do mundo. Controles com níveis de TG maiores que o percentil 50 (TG>160mg/dl às 3h e/ou TG>174mg/dl às 5h) foram considerados hiperresponsivos à refeição teste e tinham maior IMC, maior circunferência abdominal e maiores níveis de PAS. Houve aumento de colesterol total, triglicerídeos e leucócitos às 3h e 5h, com maior intensidade às 5h, e redução de HDL às 3h e 5h, tanto nos controles como nos diabéticos. A redução do HDL nos diabéticos correlacionou-se com maior IMC e maior circunferência abdominal. Não se observaram diferenças no perfil lipídico e nos marcadores inflamatórios pós-prandiais, entre controles e diabéticos. Também, a hipertrigliceridemia pós-prandial não alterou os marcadores inflamatórios em nenhum dos 2 grupos. Conclusões, os níveis de lipemia pós-prandial observados no nosso estudo foram similares aos níveis já vistos em outros estudos nos 2 grupos. Há recrutamento de leucócitos com o aumento da lipemia pósprandial em diabéticos e em não diabéticos. Obesidade central correlaciona-se com redução do HDL pós-prandial nos diabéticos. O tempo de avaliação da lipemia pósprandial e marcadores inflamatórios pós-prandiais, após uma refeição teste, deve ser o mais prolongado possível, já que lipemia pós-prandial e marcadores inflamatórios pósprandiais se alteram mais tardiamente no período pós-prandial