Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Luciano Machado Ferreira Tenório de |
Orientador(a): |
DINIZ, Paula Rejane Beserra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30753
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Resumo: |
A adolescência é tradicionalmente conhecida como uma fase de instabilidade emocional, com mudanças físicas e psicossociais. Alguns estudos ressaltam que pessoas fisicamente ativas possuem menos chances de terem problemas psicológicos. No entanto, são escassos os estudos que verificaram associações entre a saúde mental e o exercício físico, diferenciando o exercício físico sistematizado, modalidades esportivas coletivas e individuais, além do controle de variáveis intervenientes. Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar a associação entre a prática do exercício físico e o esporte com a saúde mental e a ideação suicida em adolescentes. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal de abrangência municipal, com 666 escolares do Ensino Médio da Rede Estadual de Pernambuco da cidade de Caruaru de ambos os sexos com idade entre 14 e 19 anos. A amostra foi selecionada por meio de uma estratégia de amostragem aleatória de cluster. A prática de esporte e os indicadores de saúde mental foram avaliados por questionários específicos. Para a análise da saúde mental foram utilizados o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), o Strenghts and Difficultties Questionnaire e uma pergunta específica sobre a presença de ideação suicida no ano anterior. Foram observadas maiores prevalências relacionadas a sintomas de transtornos mentais comuns (54,2% vs. 32,5%), a dificuldades relacionadas à saúde mental (79,6% vs. 48,4%) e a pensamentos suicidas (22,9% vs. 11,4%) entre as moças (p<0,001 para todas as análises). Os rapazes praticavam mais esportes coletivos (41,0 vs. 23,8) e as moças praticavam mais exercícios físicos sistematizados (45,1 vs. 26,5) (p<0,001). Nos rapazes, foi observado que aqueles que praticavam modalidades esportivas coletivas tiveram menos sintomas de transtornos mentais comuns (OR=0,41; IC95%:0,20-0,85), menos problemas relacionados à saúde mental (OR=0,48; IC95%:0,26-0,91) e menos pensamentos suicidas (OR=0,26; IC95%:0,09-0,72) quando comparados àqueles que não realizavam atividades físicas, independentemente da idade, renda familiar, relacionamento com os pais e amigos. Nas moças, nenhuma associação significante foi observada entre esporte e indicadores de saúde mental. Concluiu-se que, dentre as atividades físicas no tempo livre, a prática de modalidades esportivas coletivas foi única associada com a saúde mental e a ideação suicida em adolescentes, sendo encontrada relação apenas entre os rapazes. O exercício físico sistematizado e a prática de modalidades esportivas individuais não obtiveram associação significante com a saúde mental e a ideação suicida. |