É permitido chorar e Meu abismo : o trânsito entre linguagens na performance por uma poética cênico-visual
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Artes Visuais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45806 |
Resumo: | Esta pesquisa apresenta processos poéticos próprios ao campo da performance arte. O percurso carrega consigo passos de um fazer que transita entre linguagens distintas de uma atriz que se descobriu performer. A partir da observação desses rastros experimentais exponho relatos de experiência de duas criações: É permitido chorar, uma performance- instalação em que eu entro no local sem avisar e permaneço chorando por cerca de meia hora; e Meu abismo, performance em que me equilibro pela superfície de uma fita de Moebius de oito metros de extensão. Os dois trabalhos foram criados durante o primeiro ano de estudo no PPGAV/UFPE-UFPB e seguem em circulação por eventos acadêmicos, mostras e festivais de arte. Os meandros do processo criativo, traços em comum dessas duas obras, seus desdobramentos e a maneira pela qual essas dialogam com outros trabalhos encontram-se neste estudo. Além das descrições desses processos e suas trajetórias, valho-me da experiência no campo teatral para apresentar o cruzamento de elementos da cena com qualidades da performance. Especificamente, pontuo espaço, corpo e materialidade inseridos em determinados componentes cênicos, sendo esses cenografia, iluminação, figurino, texto e ator para detalhar essa migração das artes cênicas para as artes visuais na construção das duas obras aqui estudadas. Ou seja, aqui exporei em que medida houve, nesses trabalhos, a contribuição desses elementos para as artes visuais, especificamente a performance. A ideia de recorrer a esses aspectos veio da observação de textos que sublinham a influência da performance no teatro, como o ensaio de Josette Féral Por uma poética da performatividade: O teatro performativo (2008) e o livro A encenação contemporânea, de Patrice Pavis (2013), para quem a performance é tida como “teatro das artes visuais”. Interessa-me aqui um movimento no sentido oposto e complementar, assumindo o campo da performance como protagonista nessa observação colaborativa. |