Tensões e distensões na construção do habitus associativo: uma análise comparativa nas Organizações Associativas de Catadores de Lixo na Paraíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Josefa Diniz, Elenilze
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9322
Resumo: O objetivo desta tese é analisar as tensões e distensões pelas quais se dão os processos de construção do habitus associativo, a partir de um estudo comparativo entre duas experiências associativas de catadores de lixo na Paraíba: A Associação dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis de João Pessoa (Astramare) e a Cooperativa dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis de Campina Grande (Cotramare). Pensar as tensões e distensões nas organizações associativas é questionar como o habitus associativo tende a estar imbricado nas práticas cotidianas individuais ou coletivas daqueles sujeitos? Assim, buscamos especificamente: Verificar como os catadores associados compreendem, agem e reagem, e compartilham valores e princípios, isto é, se posicionam diante da experiência/vivência de um trabalho associativo, expressa nas práticas diárias individuais e coletivas; identificar os efeitos e as apropriações por parte do associado, no sentido do pertencimento e uma identidade associada a sua organização; numa experiência em que a situação social encontra-se desfavorável às condições normalmente necessárias à associatividade; e como eles percebem a mudança (de contingência). Para atingir estes objetivos recorremos às técnicas da pesquisa de campo, através da observação: direta intensiva (observação não sistemática e participante, e entrevistas semi-estruturadas); direta extensiva (lançando mão de questionários). Utilizamos, ainda, a abordagem quantitativa, apenas como instrumento de descrição quantitativa do conteúdo manifesto nos questionários. Os estatutos, livros de registros contábeis, fichas dos associados, atas de reuniões e demais documentos disponíveis foram submetidos à análise documental. Ao mesmo tempo, para o tratamento dos dados, utilizamos o aporte da metodologia quantitativa, através do programa estatístico SPSS (média aritmética, correlação e variância) contribuindo para reinterpretação das observações qualitativas. Os resultados da pesquisa nos mostraram que a tensões, vivenciadas nas duas experiências, na construção do habitus associativo estão relacionadas à reprodução de um habitus precário, ou seja, certas disposições de comportamentos que não se ajustava ou não atendiam as demandas objetivas requeridas pela nova situação experiência associativa. Isto é, aqueles indivíduos pareciam não dispor de um conjunto de sentimentos (co-participação na gestão do empreendimento, confiança, solidariedade) exigido ao processo associativo