Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
MAIA, Rita de Cássia Batista |
Orientador(a): |
LEITÃO, Lúcia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17494
|
Resumo: |
Este trabalho é uma investigação teórica multidisciplinar à luz da Sociologia, do Urbanismo, dialogando com a Psicanálise freudiana. Propondo elaborar uma reflexão sociológica sobre a relação entre individualismo contemporâneo e os processos psicossociais e civilizadores, identificando o reflexo dessa relação na produção material do espaço urbano. Sabe-se que o individualismo emerge de um processo social alavancado pelo capitalismo, e nessa perspectiva, pode se tornar um forte viabilizador da fragmentação físico material do espaço urbano. Em particular a fragmentação planejada com o objetivo de divisão de classes social. Uma dessas implicações refere-se ao fato desses bairros planejados produzirem metaforicamente espaços “êmicos”, ou seja, que se assemelham às “tribos” que evitam, dificultam ou inviabilizam o convívio com indivíduos pertencentes a outras “tribos”. Outra implicação refere-se à “autogestão” desses espaços, que é equivocadamente apresentada à sociedade civil como uma alternativa viável para soluções de problemas sociais e urbanos, contudo deveriam ser solucionados em caráter público, e não de forma particularizada pelo “polo riqueza” da sociedade. Trabalhou-se para responder a seguinte indagação: Como os processos psicossociais do individualismo interferem na produção material do espaço urbano? Sugerindo-se a hipótese de que tanto o desamparo psicossocial quanto a busca por privilégios remanescentes de uma natureza narcísica, fazem o indivíduo desenvolver uma dualidade comportamental que reorganiza os valores sociais na sociedade. Percebeu-se ao final que o processo civilizador ainda não constituiu o saber conviver com o “estranho”, ao contrário equivocadamente fortaleceu estratégias “êmicas”. Agindo assim, o indivíduo alimentou um novo processo social que desta vez reconfigura o individualismo levando-o a construções de “tribos”, intituladas “bairros planejados”. A autogestão é a marca desses bairros, onde o indivíduo vive afastado do Poder Público e da ideia de sociedade em geral. |