Alice através do espelho: representações sociais e corpo entre adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: RIBEIRO, Isabela Bezerra
Orientador(a): SANTOS, Maria de Fátima de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30768
Resumo: Este estudo objetivou analisar a dimensão atitudinal das representações sociais referentes a estética corporal de adolescentes do município de Juazeiro do Norte, Ceará. Foi realizada uma pesquisa de campo com 20 estudantes de 15 a 18 anos de idade, da rede estadual de ensino do município de Juazeiro do Norte, Ceará. A coleta de dados ocorreu através de entrevistas semiestruturadas com o auxílio de imagens de mulheres com diversos biótipos de corpos retiradas do google. As imagens serviram como artificio para iniciar as perguntas sobre melhores e piores corpos. Para análise dos dados se utilizou a técnica de análise de conteúdo temática, que consiste em agrupar dados a partir da semelhança de conteúdo entre eles. Nesta análise surgiram quatro categorias principais que foram denominadas de o corpo ideal, o corpo rejeitado, o corpo modificado e as práticas de cuidado do corpo. Os resultados desta pesquisa vão ao encontro de outros estudos realizados em diferentes regiões do país, nos quais o ideal do corpo feminino é pensado como um corpo magro, com seios e nádegas volumosos. Enquanto o corpo com excessos de peso, marcas de celulite, estrias e marcas do tempo é visto como mal cuidado e feio. As adolescentes percebem que a mídia e a sociedade preferem mulheres com um aspecto magro, branco, de cabelos lisos e com “corpo de academia”, e aquelas que fogem a esse ideal são consideradas mal sucedidas. As entrevistadas também apresentaram atitudes negativas quanto aos corpos musculosos, uma vez que o ideal de corpo feminino vai de encontro às marcas da musculação e de força, atribuídas a características masculinas. Por identificação das adolescentes com as imagens apresentadas de mulheres negras percebemos que o marcador de raça tem uma maior contribuição nessa discussão de estética corporal. As atitudes das adolescentes referentes a essa estética também nos levaram a refletir sobre suas práticas de cuidado para manutenção ou modificação dos corpos.