Efeito da postura de cócoras na dor lombar crônica miofascial em adolescentes e adultos jovens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: BARBOSA, Cláudia da Rosa
Orientador(a): SILVA, Gisélia Alves Pontes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31711
Resumo: A dor lombar crônica miofascial (DLCM) é um dos principais distúrbios musculoesqueléticos que pode acometer os músculos da coluna vertebral em adolescentes e adultos jovens, sendo caracterizada por pontos gatilhos miofasciais (PGMs), principalmente no músculo iliopsoas e pelo aumento da ativação dos eretores lombares. A cócoras é uma postura que pode ser utilizada na diminuição da tensão desses músculos e para a redução do quadro de dor, porém ainda não se sabe o efeito dessa postura na melhora da dor lombar crônica miofascial. Teve como objetivo avaliar o efeito da postura de cócoras na dor lombar crônica miofascial em adolescente e adultos jovens. Trata-se de um estudo de intervenção quasi-experimental, tipo antes e depois, no qual foram analisados 27 adolescentes e adultos jovens de ambos os sexos, com idade entre 15 e 25 anos, no período de março a junho de 2017. Os sujeitos foram submetidos à avaliação antropométrica (peso, altura e IMC), da dor lombar espontânea (Escala Numérica da Dor- END), dos PGMs (localizados na cicatriz umbilical, na pelve e na região femoral), teste de Thomas modificado, teste de Schober modificado, teste de força-resistência abdominal, eletromiografia de superfície (EMG) dos músculos eretores lombares, avaliação do alinhamento corporal (posicionamento da pelve, deslocamento da pelve, inclinação do tronco) e número de calços para manutenção da postura de cócoras. Os voluntários foram instruídos quanto a realização da postura de cócoras e orientados a realizá-la três vezes por dia (manhã, tarde e noite), durante quinze dias consecutivos, sendo avaliados ao final dos sete dias para ajuste do número de calços e após quinze dias para reavaliação final. Foi realizada uma média de 42,63 posturas de cócoras durante os quinze dias de intervenção. Cerca de setenta e quatro por cento dos voluntários referiram o desaparecimento da dor lombar e 25,9 % referiram redução desse sintoma após a intervenção. Em relação aos PGMs observou-se uma diminuição da média da intensidade da dor de 37% no PGM (Cicatriz umbilical), 48% no PGM (Pelve) e 71,42% no PGM (Femoral) do músculo iliopsoas, havendo também uma diminuição da média do número de calços de 6,46 (3,3) para 4,46 (3,3). A EMG apresentou uma diferença significativa da diferença da média de 1,1 (2,5) do lado direito e de 1,9 (3,3) do esquerdo da ativação dos músculos eretores lombares. Os testes de Thomas modificado, de Schober modificado e de força-resistência abdominal não apresentaram diferença estatisticamente significativa assim como não houve alteração do alinhamento corporal após a intervenção. A postura de cócoras melhora a DLCM, reduz a dor dos PGMs, melhora a flexibilidade para o agachamento do tornozelo e diminui a ativação dos músculos eretores lombares em adolescentes e adultos jovens em curto prazo. No entanto, não interfere no alinhamento corporal, na mobilidade lombar, na flexibilidade do iliopsoas e nem na resistência dos músculos abdominais.