Estudos Relacionados à Mucosite Oral e sua Repercussão em Pacientes Jovens com Câncer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: FARIA, Andreza Barkokebas Santos de
Orientador(a): LEÃO, Jair Carneiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12802
Resumo: Introdução: Apesar da mucosite oral ser descrita como a complicação oral mais freqüentemente associada à terapia antineoplásica pouco se sabe sobre sua etiologia e a influência na qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a soroprevalência de herpes vírus HSV -1, EBV e CMV e a presença e severidade da mucosite oral em crianças com diagnóstico de Leucemia Linfóide Aguda (LLA) bem como avaliar o impacto da mucosite oral na qualidade de vida dos pacientes jovens diagnosticados com câncer, que desenvolveram mucosite oral quimio e/ou radio-induzida. Métodos: No primeiro estudo, noventa e dois pacientes diagnosticados com LLA foram avaliados. A classificação da intensidade da mucosite foi realizada de acordo com os critérios de toxicidade estabelecidos pelo National Cancer Institute. No segundo, o grupo foi composto por uma amostra de 60 pacientes, com idade entre 14 e 20 anos, diagnosticados com câncer, que desenvolveram mucosite oral durante o tratamento. Foi utilizado o instrumento Oral Health Impact Profile (OHIP-14), composto por sete dimensões: limitação funcional, dor física, desconforto psicológico, deficiência física, deficiência psicológica, inabilidade social e incapacidade. Resultados: 70,7% dos pacientes apresentaram mucosite no 7 º dia e, destes, 60% foram classificados como grau I e 40% como grau II; dos 92 indivíduos testados, 59 (64,1%) apresentaram anticorpos para HSV-1, 57 (62%) para o EBV, 75 (81,5%) para CMV_IgG e 21 (22,8%) para CMV_IgM. Utilizando o modelo de regressão logística, a presença de HSV - 1 foi 4,10 vezes maior na mucosite de Grau II do que no grau I (p = 0,03). No segundo estudo, a dor física atingiu a maior pontuação (pior qualidade de vida) entre as dimensões estudadas 60,8 % (292/480), seguida por limitação física 52,7% (253/480) e desconforto psicológico 50,8 % (244/480). Houve diferença estatisticamente significante em relação a sexo (p=0,021) para a dor física, com maior impacto entre os pacientes do sexo masculino Conclusão: Com base nos resultados deste estudo, foi possível concluir que a infecção pelo vírus da herpes HSV -1, EBV e CMV é ubíquota na população estudada e que HSV- 1 pode ser um fator de risco para o agravamento da gravidade da mucosite. Por outro lado,a mucosite oral é um importante efeito colateral agudo que resulta em diminuição da qualidade de vida dos pacientes com câncer.