Implicações do modelo de competências na educação profissional do SENAC/PE: sob o olhar do professor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: de Souza Ferraz Nunes, Terezinha
Orientador(a): de Oliveira, Ramon
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4488
Resumo: Esta pesquisa analisa as implicações do modelo de competência na ação pedagógica desenvolvida no SENAC/PE, sob a ótica de docentes e supervisoras dos cursos: Técnico em Secretariado e Técnico em Enfermagem. Tivemos como campo empírico três Centros Profissionalizantes localizados nas cidades de Paulista, Vitória de Santo Antão e Recife, onde os citados cursos técnicos estavam sendo desenvolvidos. Como procedimento metodológico, optamos pela entrevista semi-estruturada composta por uma amostra de dezesseis docentes e quatro supervisoras. Dos extratos das falas analisamos os elementos mais pertinentes à nossa investigação. Utilizamos análise documental de natureza histórica e social efetivada a partir dos seguintes documentos: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 e seus atos reguladores mais pertinentes à educação profissional e políticas, projetos, planos institucional, procurando fazer o cotejamento dos mesmos, entre si e com o currículo formal e real expresso nas falas dos sujeitos pesquisados. Verificamos como implicações nas ações de educação do SENAC/PE: professores sem formação para docência e sem bases teóricometodológicas para implantação da proposta; educação continuada insuficiente; tempo e o contexto sócio-educativo inconciliáveis com as estratégias usadas para o desenvolvimento das competências, conforme estão prescritas nas diretrizes curriculares; rotatividade de professores; resistência oculta à implementação do modelo de competências e alunos com defasagem na formação básica, indicando que o modelo de competências, conforme preestabelecido, apresenta-se incompatível com a realidade escolar, mesmo em se tratando da formação profissional, visto que, na prática pedagógica, os docentes esbarram em limites, alguns dos quais, maiores do que suas possibilidades de superação. Embora a reinterpretação do discurso pedagógico oficial oriente as ações e capacitações, concluímos que há um gap entre o referido discurso implícito no currículo prescrito e a prática pedagógica anunciada pelos entrevistados, não obstante elementos que fundamentam o modelo de competências se façam presentes nas falas dos sujeitos integrantes do estudo. Os achados parecem confirmar alguns resultados da literatura que apontam a polissemia e distorções implícitas na pedagogia das competências