Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
BILAR, Alexsandro Bezerra Correia |
Orientador(a): |
PIMENTEL, Rejane Magalhães de Mendonça |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32338
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Resumo: |
A criação de áreas protegidas no semiárido nordestino é de fundamental importância para preservar a vegetação de caatinga que se encontra sob grande risco devido ao desmatamento causado por atividades humanas como a produção de lenha, de carvão e a agropecuária. Essa biodiversidade vegetal garante a sobrevivência do povo sertanejo, captando e armazenando no subsolo as águas das chuvas para serem utilizadas durante os períodos de estiagem. Após serem instituídos, esses espaços precisam ser monitorados e geridos de forma participativa para atingirem os seus propósitos. A utilização de sensoriamento remoto com índices biofísicos é uma técnica eficaz para o monitoramento ambiental, no entanto, não é uma prática comum no Brasil, seja por desconhecimento, falta de capacidade técnica, de articulação, e mesmo de interesse por parte dos órgãos públicos ambientais. A participação ativa da comunidade na gestão dessas áreas também é um grande desafio, que pode ser enfrentado através da educação ambiental, a qual, além de promover a sensibilização social acerca da preservação e do uso sustentável da vegetação e dos demais recursos naturais, estimula o ingresso da população na governança ambiental. O estudo objetivou analisar em que medida a participação da comunidade local vem ocorrendo nas ações de preservação e utilização sustentável da vegetação do Parque Estadual Mata da Pimenteira (PEMP) em Serra Talhada/PE. Foram obtidas imagens orbitais dessa unidade de conservação durante o período de 2007 a 2016 e calculados os índices de vegetação NDVI, NDWI, SAVI, EVI e LAI, confirmando que sua cobertura vegetal encontra-se relativamente preservada, apesar da existência de áreas expostas. Realizaram-se pesquisa documental e entrevistas com representantes do Conselho Gestor desse parque e outros atores-chave, como pesquisadores, agentes públicos e membros da comunidade local, com análise de conteúdo dessas comunicações. Foi constatado que a participação social nas atividades relacionadas à preservação e à utilização sustentável da vegetação dessa área protegida é simbólica, na maioria das vezes. No entanto, foram verificados momentos de participação real ou colaborativa. Evidenciou-se a necessidade de políticas públicas e de programas permanentes e articulados de educação ambiental, assistência técnica e extensão rural, especialmente, para os habitantes do entorno do parque. Atestou-se a carência de uma estrutura administrativa adequada para essa unidade de conservação. Foi sugerido um modelo de rede de cooperação para auxiliar na governança ambiental de áreas protegidas, como o parque estudado. |