Aspectos Epidemiológicos e Distribuição Espacial dos Portadores de Esquistossomose Atendidos no Hospital das Clínicas – Pernambuco no Período de 2010 a 2012

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: CAMPOS, Julyana Viegas
Orientador(a): SANTOS, Solange Laurentino dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12968
Resumo: No Estado de Pernambuco, a esquistossomose é historicamente endêmica na região rural, porém vem ocorrendo contínua expansão da doença para áreas litorâneas e no agreste do estado. Esta expansão territorial vem acarretando também uma mudança no perfil clínicoepidemiológico. Em áreas rurais, a esquistossomose se apresenta predominantemente sob a forma crônica, enquanto no litoral, a doença é representada por casos agudos. Apesar do quadro de morbidade da Esquistossomose mansônica no Brasil apresentar um decréscimo, ainda permanece a dúvida sobre a situação das formas graves da doença, diante deste fato, o presente estudo busca conhecer a atual expressão das formas clínicas da Esquistossomose, bem como sua expansão territorial. Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo e exploratório com os registros de pacientes atendidos no Hospital das Clínicas nos anos de 2010 a 2012. Para a análise dos dados foram utilizadas medidas de tendência central e de variabilidade, os casos foram distribuídos espacialmente no TerraView 4.2. Foram identificados 436 pacientes no período estudado, 58,1% eram do sexo feminino, com média de idade de 53 anos, variando de 12 a 96 anos (desvio-padrão =13,9), 81,4% dos casos apresentavam a forma Hepatoesplênica da esquistossomose, considerada grave, seguida da Esquistossomose Pulmonar, Esquistossomose Intestinal ou Hepatointestinal e nenhum registro de Formas Acessórias da doença. O grau de fibrose hepática foi também categorizado, 32 encontravam-se sem fibrose hepática, 134 estavam com o grau I de fibrose, 244 com o grau II e apenas 26 pacientes foram categorizados com o grau III. Quanto à procedência, os municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes e Vitória de Santo Antão apresentaram maior quantitativo de casos. As evidências desse estudo alertam sobre o aumento da forma grave da esquistossomose em Pernambuco e distribuição dos casos principalmente pelas regiões da zona da mata e agreste.