Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
MENEZES, Patrícia Carneiro de |
Orientador(a): |
RIBEIRO, Ana Rita Sá Carneiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49104
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Resumo: |
A Cidade do Recife, no estado de Pernambuco, abriga três grandes bacias hidrográficas dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió e os seus afluentes. Este sistema de corpos d’água é responsável por sua formação geológica que juntamente com a ação do homem, através de sucessivos aterros, moldaram o ambiente natural. Portanto, a forma como a cidade foi ocupada, construída e vivida está diretamente relacionada com as águas. A presente pesquisa se debruça sobre o rio Capibaribe e se desenvolveu com foco no Projeto Recife, anunciado em 1979 pela Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) como pioneiro dentre os projetos para o rio Capibaribe, poucos anos após a grande cheia de 1975. O Projeto Recife abrange uma área entre as avenidas Norte e Abdias de Carvalho, ao norte e ao sul, e a II-Perimetral e a BR-101, a leste e a oeste da cidade do Recife; e se destinava a intervir nas áreas vazias próximas às margens do rio Capibaribe, urbanizar áreas pobres e ofertar infraestrutura de lazer e serviços urbanos. Naquele contexto, pode-se dizer que houve uma ação de planejamento no sentido de ordenar o ambiente social e natural no espaço urbano a partir da relação do homem com o meio ambiente dentro de uma perspectiva sistêmica. O interesse partiu dos problemas atuais que emergiram da reflexão sobre a resiliência nas cidades, entre os aspectos que se desdobram do paradigma da sustentabilidade. Admitindo que o Projeto Recife abarca a noção do projeto de paisagem, parte-se para entender o aspecto da resiliência nas intenções iniciais e que se perpetuou desse processo. A fundamentação teórica aportou a teoria de Besse (2014), Bertrand (1995) e Corajoud (2011) no campo da paisagem e em Walker et al. (2006), Folke (2008), Bollettino et al. (2019) e Laboy e Fannon (2016), no campo da resiliência. Como a ideia central da resiliência é o caráter relacional, já que trata de interações entre o social e o natural, o processo de construção de uma cidade, que tem a presença da água marcante em seu território, é um processo de construção da resiliência, que se adapta, se regenera e se constrói a cada gesto paisagístico. O objetivo geral é verificar aspectos da resiliência nas intenções projetuais do Programa de Revitalização do Rio Capibaribe do Projeto Recife, que convergem para a compreensão de paisagem como um sistema. |