Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
MUNOZ, Claudio Baradit |
Orientador(a): |
FERNANDEZ, Elaine Magalhães Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17569
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Resumo: |
O presente estudo tem por objetivo analisar as práticas discursivas que constituem os modos de subjetivação de mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) em contexto rural. Para isto será estudado o caso da Zona da Mata de Pernambuco. A metodologia qualitativa consiste na análise crítica do discurso. Os dados foram obtidos através de entrevistas semiestruturadas de seis mulheres. A fundamentação teórica é baseada no enfoque da governamentalidade, nas críticas feministas ao PBF e no enfoque da subjetividade proposto por Nikolas Rose. Nota-se através dos resultados da pesquisa que na articulação de diversas práticas discursivas no agenciamento da ruralidade varias “normas” são incorporadas nas subjetividades das mulheres, entre elas a da família nuclear burguesa, a da maternidade, uma versão fragilizada de “self empreendedor” e as normas “pobre/miserável” e da “humildade”. A incorporação destas normatividades permite tanto o autogoverno como o governo dos outros. Concluiu-se que o PBF exerce uma função “reforçadora” de diversos modos de subjetivação “hegemônicos”. Neste contexto o PBF, ao mesmo tempo em que traz benefícios para as famílias, atua recriando condições de insegurança próprias das sociedades modernas. A partir desta análise observa-se uma situação de “inclusão social fragilizada” das famílias beneficiárias, condição que caracteriza a situação de pobreza em contexto rural. |