Desenvolvimento de creme de rhizophora mangle l.: Avaliação do potencial cicatrizante em feridas cutâneas
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18404 |
Resumo: | Rhizophora mangle L. é a espécie arbórea mais frequente no mangue brasileiro e tem intenso uso popular no tratamento de doenças mucocutâneas. A fim de fornecer base científica para sua utilização, este estudo teve por objetivos avaliar a atividade cicatrizante de creme de extrato aquoso de folha de Rhizophora mangle L. em ratos Wistar, e investigar a ação citotóxica e o perfil fitoquímico dos extratos aquosos das folhas, caule e raiz de R. mangle. O screening fitoquímico dos extratos aquosos de folhas, caule e raiz da planta foi realizado a partir da identificação dos compostos majoritários. Realizou-se a investigação da citotoxicidade dos extratos das três partes da planta, com concentrações de 100; 10; 1; 0,1; 0,01; 0,001; 0,0001 e 0,00001 μg/mL frente as células Hela (104 células/mL), e como controle utilizou-se o Dimetilsufóxido (0,1%). Para avaliação da atividade cicatrizante do creme de extrato aquoso foram utilizados 45 ratos Wistar, fêmeas, submetidos à indução de ferida cirúrgica e divididos em 3 grupos (controle negativo, padrão e tratado). Cada grupo recebeu, respectivamente, aplicação de soro fisiológico a 0,9%, dexpantenol a 5% em creme e extrato aquoso da folha da R. mangle. a 5% em creme, e foram acompanhado até o 5o, 10o e 15o dia de pós-operatório para avaliação dos aspectos macroscópicos das feridas e avaliações morfométrica e histomorfométrica. O grupo tratado apresentou feridas uniformes e sem infecção, quando comparado aos outros dois grupos, porém a análise morfométrica não mostrou no 15o dia diferença estatística entre os grupos devido ao formato retangular da ferida inicial. O estudo histomorfométrico demonstrou que todos os animais tratados com o creme de R. mangle apresentaram reepitelização completa no 15o dia de pós-operatório (0,00 ± 0,00) em relação ao padrão (1.26 ± 0.77) e controle negativo (2.45 ± 0.62). Houve proliferação de células Hela sob ação das diferentes concentrações de 0,001 a 100 μg/mL nos extratos das folhas e caule, e na raiz em 100 μg/mL com p>0,05. O perfil fitoquímico revelou presença de taninos nos três extratos, além de flavonóides na folha; flavonóides, triterpenos e saponinas no caule, e na raiz revelou também a presença de triterpenos. Através de ensaios fitoquímicos ficou comprovado a presença de taninos, flavonóides, triterpenos e saponinas nos extratos aquosos de R. mangle e foi também observado efeito mitogênico em células HeLa. Este estudo revelou que o uso tópico do EAF. R. mangle a 5% em creme apresenta efeito significativo na reepitelização de feridas cirúrgicas em ratos e reforçou a importância da realização da histomorfometria na correlação com os achados morfométricos. |