Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
MAGALHÃES FILHO, Sérgio Dourado |
Orientador(a): |
VIEIRA, Jeymesson Raphael Cardoso |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29655
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Resumo: |
A busca por novos fármacos vem sendo amplamente discutida, a fim de investigar alternativas terapêuticas para o controle e tratamento da esquistossomose, doença parasitária crônica, causada por parasitas do gênero Schistosoma que coloca em risco cerca de 780 milhões de pessoas e infecta cerca de 240 milhões a cada ano. Rhizophora mangle L., conhecida como mangue vermelho, é uma das espécies encontradas nos manguezais e é usada na medicina popular no tratamento de processos infecciosos, antiparasitários, inflamatórios e cicatrizantes, sem relatos de efeitos colaterais ou nocivos ao ser humano. Neste estudo, foi realizado o screening fitoquímico e a avaliação da atividade esquistossomicida (in vitro) do extrato metanólico de folhas frescas de R. mangle. A coleta do material vegetal foi realizada no manguezal do município de Itamaracá-PE, Brasil, e o extrato foi preparado a partir de 1kg de folhas, utilizando o equipamento Pulverisette 14 Classic Line (Fritsch), produzido em extrator Dionex ASE 350 (Thermo Scientific) pelo método Low Bubble Point de extração de fluxo constante, utilizando o metanol como solvente, sob pressão por hidrogênio (H₂) e em duplicata. O perfil fitoquímico foi realizado através da Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC do inglês – High Performance Liquid Chromatography), que passou por análise no Detector de Arranjo de Diodo (DAD) por um tempo total de 27 min. Casais de vermes foram recuperados de camudongos previamente infectados com cepas de cercárias de S. mansoni e incubados em meio RPMI-1640 suplementado e expostos as concentrações de 25, 50, 100, 200 e 400 μg/mL do extrato. Os vermes foram monitorados a cada 24hs durante 120hs para avaliação da motilidade e mortalidade. A análise fitoquímica mostrou que o composto principal do extrato é um flavonóide do tipo rutina. Na avaliação da atividade esquistossomicida do extrato de R. mangle houve 100% de descasamento de vermes em todas as doses testadas. A dose de 400μg / mL mostrou redução de 75% na atividade motora, com movimento apenas nas extremidades, ausência de peristaltismo e movimento de ventosas. Portanto, o principal metabólito secundário encontrado no extrato metanólico de folhas frescas de R. mangle L. apresentou características cromatográficas de um composto do tipo rutina e o extrato apresentou atividade esquistossomicida in vitro em casais de vermes adultos de Schistosoma mansoni. |